sábado, 25 de julho de 2009

Um mundo sem chatos não é um mundo bom!

Antigamente eu até tinha um pouco de vergonha de admitir que fazia amigos pela internet. Mas os tempos são outros e graças a "rede mundial de computadores" você pode se isolar do mundo e conviver com pessoas que tem mais a sua cara.

Vivendo numa cidade ainda estranha, com poucas amizades "reais", isso é ainda mais frequente.

Outro dia li um artigo não sei onde com o título de "5 coisas que a modernidade está mudando em sua vida". Um dos itens era exatamente esse: cada vez menos estamos convivendo com gente chata.

Pense bem, é uma benção. Você cria seu próprio mundo, trazendo para ele só as pessoas com quem se identifica e afastando todos os inconvenientes. Depois que terminamos a faculdade, o único lugar que resta para se socializar com os malas é o trabalho. Mas é bem simples, você coloca o fone de ouvido e pronto. Está no seu próprio mundo e adeus gente chata. O problema que isso gera é a total intolerância que nutrimos contra esses malas. E querendo ou não deixamos de ver outras perspectivas de vida, por mais diferentes que elas sejam da nossa.

Venho percebendo isso recentemente. Antes, para classificar alguém como chato, levava um tempo e vários tipos de análise. Hoje não. Bastou falar alguma coisa babaca ou fora de hora que já perco a paciência e coloco na lista.

Fora que hoje convivo com um bando de gente igual a mim, com os mesmos gostos, mesmas opiniões e até mesmo os mesmos preconceitos. Uma pequena ilha social. Blergh! Que coisa entediante!

Existe um poetas desses de rua, que me persegue em Buenos Aires. É um sentimento dúbio que sinto, assim como para com a maioria de pedintes que me abordam. Você tem dó e até mesmo compaixão pela situação de bosta dessa pessoa, mas não pode evitar de sentir raiva certas vezes, quando eles interrompem uma conversa e insistem além da conta. O tal poeta já me abordou umas 3 vezes em Palermo e outra na Recoleta. Numa apenas disse não bem ignorante. Na outra, tive dó e ouvi a ladainha inteira. Depois fingi que eu era gringo e fiquei falando "no compreendo".

A próxima eu juro que dou uns tabefes. Se ele reclamar digo que a culpa não é minha. É tudo culpa da modernidade!

13 comentários:

  1. Por isso eu adoro fazer amizade com pessoas improváveis.
    Já tive minha fase de tolerância 0, mas passou, ainda bem. Eu era bem babaca nessa época e julgava as pessoas por qlq bobagem. Gostar de músicas ruins por exemplo, pra mim era o fim. Hoje dou risadae prefiro escutar minha minhas músicas sozinha.

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  2. ''Bastou falar alguma coisa babaca ou fora de hora que já perco a paciência e coloco na lista.''
    Isso é uma verdade. Dessas que eu brigo pra tornar mentira todo dia.

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  3. acho que sou a mais chata ever. prova disso é o altissimo nivel de intolerancia que habita meu humilde corpinho. sou um saco que so consegue conviver harmoniosamente com gente tao pau no cu quanto. hahahahahahahaha

    mentira, mas eu tendo a bloquear [remetendo à modernidade] qqr pessoa que diga alguma coisa que eu julgue imbecil. pode me mandar tomar no cu que ira continuar no meu msn, por exemplo, mas nao fale burrices ou aja como tal. é um passaporte rápido e gratuido pra mina lista de excluidos.

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  4. Sou um doce, mas pisou na bola fic azedo.

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  5. Adorei o texto(muito interesante) e tb os comentários,pois:
    sou de muita, muita tolerância,as vezes até eu me espanto,(nada a ver com aguentar só pra ser legal,não)
    Os meus amigos(os mais novos,que são a maioria),dizem que é fácil isso depois dos 50, será que isso tem à ver,(coisa de gente velha kkk)sei lá.

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  6. Paga uma breja p ele. Quem sabe ele n faz parte da sua "ilha social"?

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  7. Eu tbm acredito q um mundo sem chatos não é um mundo bom... eles me fornecem conteúdo p/ risadas, reclamações ou comparações futuras...

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  8. O mais legal disso tudo é que é tão relativo, muita gente que se acha mega bacana será super chata pra mim e eu serei chata pra ela, porem legal para um monte de gente e assim vai, está ai a graça e a perplexidade. Fico perplexa como os chatos da minha lista conseguem ter amigos...hahaha..enfim, relativo.

    Ah mi buenos aires querida. :)

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  9. sim, eu penso que a tolerância tem a ver com maturidade.

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