As pessoas coversavam, uma diz, conta e outra participa. Na hora, a resposta sem espera, instântanea.
Magicamente simples. Já quando não podem se ver, tudo muda. Quando escrito, bilhetes ou cartas, tem a espera, a elaboração, o cuidado. Uma carta sem espaço para resposta, uma carta longa, caprichada.
Há algum tempo eu lia um livro e pronto. Podia conversar com outra pessoa que leu o mesmo, mas no geral, a leitura
era alguma coisa sua com você mesmo. Não gostou, achou erros de português, achou ótimo, mudou sua vida? Ficava só pra você. Mandar uma carta para a editora ou o escritor? Complicado, incerto e distante.
Já revistas e gibis abrem um cantinho para o leitor, um cantinho para as erratas, ficando um pouco mais interativo, você se sente interferindo um pouquinho.
Então começaram os blogs, você lê, e discute, comentam, participa. E os vlogs, blogs de ideias cantadas, com cara, com voz, ainda com espaço para interfir, elogiar, concordar e chingar . Temos também as respostas em vídeo, em outros vlogs, chats ao vivo, com imagem e som, dito e respondido na hora. Por consequencia menos cartas, blogs menos escritos, mais visuais, com poucos ou quase nenhum comentário, quando não são proíbidos.
Existiria algo mais moderno, mais interativo? Qual será o próximo passo? Enfim, como vamos conversar?
Minha pergunta é: enfim, vamos conversar?
ResponderExcluirou sem cara, sem voz, no anonimato.
ResponderExcluirAdoro esse mundo de blogs tbm.
"Sunset curtiu seu texto"
ResponderExcluirSaiu um texto na Revista Gloss desse mês falando sobre o isolamento das pessoas decorrente dessa facilidade toda pra se comunicar... meio paradoxo, né?
Bjs
de fato, quando foi que eu me sentei com um de vcs aqui d blog pra conversar? mas quantos e quantos e-mail, ne?
ResponderExcluirPensar e conversar sobre as ideias que surgem desse pensamento está caindo em desuso. Eu, pelo menos, custo a achar companhia disposta a deixar de lado a novela das 9 ou o a animação da festa para jogar conversa fora. Triste para mim.
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