domingo, 7 de agosto de 2011

Vem Cá... Eu Te Conheço?

     Você já parou pra pensar em quantas pessoas realmente conhece nessas redes sociais da vida?  Dia desses, me mandaram um desses memes, no Facebook, e, entre as perguntas a serem respondidas, tava lá:  quantos contatos daqui você conhece “de verdade”?  Parei, cocei a cabeça, pensei, cocei mais uma vez, e respondi que, “achava”, que era mais da metade.  Porque ali, no meio de todos  aqueles rostinhos, tem gente que só travei contato virtualmente.  O que, há um tempo “atrás”, era algo praticamente inconcebível, hoje é mais pura realidade.  Existem pessoas que conhecemos só através da tela do computador.  Fato.

     Pensei muito nisso depois de ter assistido, na última sexta,    a  um  documentário chamado Catfish.  Não vou revelar muita coisa porque penso que ele, realmente, merece ser assistido, mas confesso que fiquei mexido depois de conferí-lo.  O filme conta a história de Nev, um fotógrafo de Nova York que, através do Face, conhece Abby, uma menininha que pinta quadros, numa cidadezinha do interior dos Estados Unidos.  O contato se inicia pela admiração mútua do trabalho um do outro e toma um caminho inusitado:  Nev acaba, por tabela, ficando próximo de Angela, mãe da garota e de seus irmãos, especialmente Megan, a irmã mais velha, com quem começa um “ardente” romance virtual.  Com o decorrer do filme, porém, fica evidente que nem tudo é o que aparenta ser. Nev, o irmão e um amigo decidem tirar a limpo essa história e começam a juntar os pedaços de um imenso quebra-cabeça, partindo atrás da verdadeira identidade de Abby e dos seus familiares.

     Nesses anos todos navegando por aí, confesso que já me envolvi emocionalmente com algumas pessoas pela internet.  Quem não, que atire a primeira pedra.  Tá, foi tudo muito soft, no campo da brincadeira, coisa e talz.  Mas confessso que já esbarrei com algumas Abbys, Angelas e Megans.  Gente que inventa uma vida que não tem, cria um rosto que não é o seu - e o mais assustador é que, quase sempre, esses rostos têm donos, ou seja, eles roubam fotos em perfis de sites de relacionamentos -, criando uma teia de mentirinha onde, acreditem se quiser, tem gente que acaba por se envolver.

     Pra quem gosta do gênero, fica a dica.  Catfish é um ótimo filme - documentário, thriller, drama, ainda não sei como definí-lo -, que entrou fácil para a lista dos meus preferidos.  Em tempos de Facebook e afins, bacana ver um filme que faça esse tipo de reflexão.  Uma reflexão que, confesso, me assustou.  A mim, pelo menos, que sou do tempo em que fazíamos amigos na escola, no campinho de futebol ou no cursinho de Inglês.

5 comentários:

  1. Impossivel nao assistir esse filme tipo HOJE.

    ResponderExcluir
  2. Me deu vontade de ver o filme. Eu tenho quase certeza que mais da metade dos meus contatos do Facebook eu só conheço pela Internet. É um mundo que abre possibilidades, ainda que não possa derrubar todas as barreiras e tenha todo esse perigo das pessoas que criam toda uma rede em torno de uma identidade falsa, ainda é uma maneira ótima de começar a descobrir o mundo e, porque não, a si mesmo.

    Enfim, é um belo reflexo.
    Abraço, Marcelo.

    ResponderExcluir
  3. Boa dica de filme, vou procurar saber! Acho que não conheço metade dos meus amigos do FB e se visse esse filme hj, acho que desligaria minha conta.

    ResponderExcluir
  4. Gralas ao post baix, ops, comprei o documentário e amei. Ótima indicação, pensei muito das mentiras que eu e meus amigos inventávamos. Enfim, um filme que mexe. Muito bom.

    ResponderExcluir
  5. Pessoalmente também ocorrem os pseudo encontros, muitas vezes bastante semelhantes aos relacionamentos virtuais.

    ResponderExcluir