Você está dirigindo na pista do meio. Boa velocidade. Nem devagar nem rápido demais. Você olha no retrovisor e vê um carro na mesma velocidade, um pouco próximo mas não tão próximo, só que na pista à sua direita. Pouco depois você se dá conta de que precisa pegar a mesma pista deste carro que você olhou no retrovisor para não perder um retorno. Você ainda tem algum tempo pra trocar de pista. Então você vai lá, atocha o pé no acelerador, coloca a seta e começa o processo de conversão de pista. Bastava o outro carro manter a velocidade que ele estava desde o início dessa crônica, ou mesmo antes do seu início, que tudo daria certo. Mas não. O nosso amigo é orgulhoso. Pra ele não ia fazer a menor diferença ser ultrapassado, aquilo não era uma corrida de Fórmula 1, mas ele atocha mais ainda o pé no acelerador, você vai lá, pisa mais forte ainda. Um duelo bizarro em pleno sábado de sol, às três horas da tarde. No fim das contas, para não perder a saída, você desacelera e deixa ele passar.
É só comigo que acontece isso?
Malditos. Por isso que eu não dirijo! Não é, imagine, pela falta de coordenação motora, noção espacial, bom senso social, nada disso. É por causa desses putos!
ResponderExcluirah, eu me divirto nesses pequenos duelos.
ResponderExcluirAcontece muito comigo. E eu sempre perco, diga-se de passagem. Aliás, queria compartilhar com você uma carta que escrevi ao motorista logo atrás de mim. Está no link aqui ó.
ResponderExcluirhttp://aencantadoradepalavras.blogspot.com/2011/08/carta-ao-motorista-logo-atras-de-mim.html
Triste ver que o pessoal está muito mais ocupado em manter o orgulho que a vida. rsrsr
Abraços
Fernanda Coelho
hahaha Graças a Deus sou um motorista tranquilo e sempre me policio para continuar assim. Mês que vem vou postar o maior contratempo que já tive no trânsito.
ResponderExcluirBela carta, Fernanda Coelho. É isso aí. Mas eu diria que há dez anos atrás tinham mais loucos no trânsito que hoje. Não sei, só uma sensação.
Abs
Paulo
Me lembrou um conto do Cortázar.
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