extremamente, demasiadamente, nitidamente, cansada.
não por nada, mas por tudo, simplesmente cansada.
da fagulha de vida, renasce alguma escrita,
por mais chula que possa parecer, é a única que eu tenho, sendo minha.
não é cópia, é fruto de muita troca, inclusive neste espaço.
espero nunca atingir a perfeição, caso aconteça, deixará de ser importante,
pois ego cheio não precisa de dias cheios em leituras, como neste, tão cansativo.
erro vários, gastos desnecessários, mas no final, leitura em dia, pelo menos uma.
o homem é, assim, um ser dividido, quem diz é Rubem Alves, acertou dividida estou,
entre tomar banho bem quente, comer algo, tomar remédio para dor de cabeça, colocar um adesivo apenas no ombro ao invés de vários, efeito recente da tão almejada fisioterapia,
ou
compartilhar informações, impressões, concepções
sobre partidos que desceram o nível em reintegrações criminosas e incendiárias em terrenos próximos ao centro da cidade,
no afastamento somente agora do capitão do mato quer dizer da rota, finalmente o geraldo resolveu agir, afinal não fica bem não é, o aniversário da ação carandiru quem o diga,
do ato que rolou mais cedo e do qual não fui devido ao desencontro de informações do curso, na perda em conhecer a integrante arretada do Movimento Mães de Maio,
na organização deslavada da direita ao garimpar conservadores em todo e qualquer virtual, para contratação, discussão, produção e partilha de ideias através do Instituto Millenium que não manifestou interesse até o fechamento do artigo da Caros Amigos em negar ou pelo menos fingir, desdizer o artigo, brincar de debate sabe;
na contramão, sem grandes investidores, sem grandes articulações, exceto, no esforço de professores, alunos e militantes interessados numa sociedade igualitária, sucesso em preencher cada canto dos auditórios na usp para saber, ouvir mais da esquerda na america latina;
na fala precisa e aguçada do Ricardo Antunes e tantos outros, na minha irritação absurda de pessoas que não tem o bom senso, o discernimento, quando pegam/tocam no microfone pra dizer: "eu quero fazer uma colocação" e recita parágrafos vários, solicita discussões das quais não contempla a mesa/debatedores sempre no âmbito global, muita irritação com direito a: "cadê a pergunta?" gritado, da próxima prometo, vou a 25 de março, compro vários e entrego: "tô pra quem adora microfone, sai recitando todo manifesto nas ruas"
na alegria em saber que minha mãe é a mais recente aluna do eja, no vale do ribeira, na surpresa do descaso, em saber que há tantos querendo aprender, sem incentivo, afinal contratação por cargo de confiança não inclui no pacote, boa vontade, ética profissional, é salário, amigo do amigo de outro amigo que conheci o prefeito, do partido do psdb.
na falácia da nova classe média que não tem dinheiro, apenas cartão, na discussão sobre as eleições, se vale a pena ou não votar no menos pior e exercendo a democracia fantasiada de ditadura, damos ou não manutenção ao poder? anulamos como protesto, votamos como descaso? sentamos e esperamos alguém mudar nosso rumo?
na multidão cercando a polícia, o poder, a corrupção na espanha/portugal, no ato, protesto nu das uruguaias contra o veto sobre o aborto, na repercusão da marcha das vadias em outros estados, cidades, agora é santos!
na praça ocupada, o teatro da Z.L (zona leste), mais precisa, Dolores Boca Aberta representou a comunidade, ocupou, fez lindo monumento, som e adendos, ousadia é o nome disso.
na praça ocupada, o teatro da Z.L (zona leste), mais precisa, Dolores Boca Aberta representou a comunidade, ocupou, fez lindo monumento, som e adendos, ousadia é o nome disso.
na participação especial e enriquecedora do encontro com IDDAB e GERESS (Grupo de Estudos das Relações Étnicorraciais Serviço Social ) com local "emprestado" por não ter o próprio, sem recursos e investidores, apenas apoiadores, solidários, fazem discussões, se organizam, se articulam para discutir, pesquisar, debater o racismo e todas problemáticas envolvidas, inclusive de profissionais que dizem não existir racismo no brasil, oi? um? imagina, é impressão será? ou na grata surpresa de ouvir a fala de duas alunas de universidade shopping center que discorreram de forma magistral o tema de pesquisa, ou tcc criticando inclusive a universidade e profissionais que desmerecem alunos militantes, ativos em movimentos sociais e na boa vontade de apropriar-se do tema. diga-se na excelência quanto ao entendimento e compreensão, incorporando, vivenciando a frase da rosa que não tem cheiro, é luxemburgo mesmo:
" quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem"
movimentando-me dentro das não possibilidades, por que se paro para pensar nunca as tenho,
todavia se em curtos e tão poucos passos, caminhada, sinto-as, eu grito.
porém hoje,
muito cansada e quando, resta-me ouvir o que apraz.
" lutar com palavras parece sem frutos.
não têm carne e sangue...
entretanto, luto."
guardo na alma, no coração, os dizeres do drummond, ganhado em mãos
entre um ato e outro no tetro arena, ópera dos vivos, no movimento, sem correntes...
lembrando antes de ir, por que amanhã acordo cedo:
"o que decide o propósito da vida é simplesmente o princípio do prazer"
valeu rubem,
e prazer em trocar sempre, aqui, lá, na rua, nos atos, em todo espaço, é prazer sempre, trocar vida ou partículas dela.
e para viver precisa ser louco, rodar na cadeira, rodar a cabeça, cantar bem alto, estrondar o desafinado, tudo por que o vizinho ordinário que construiu a parede em frente da janela, me impedindo de ver o sol, a lua, as nuvens, agora recebendo convidados, e um tal de feliz não sei o quê e picas mais tantas prá lá e prá cá, com o som no último volume tocando calcinha preta, aviões (taqpariu!!!) sertanejo e desci a ladeira do inferno.
ta vendo rubem, tem partilhas que a gente não aguenta, é osso d+.
ok aguento, aumento o meu,
sabendo que o cansaço, muda, assim, como a vinheta.
. graças a deus, fui e adeus.
sabendo que o cansaço, muda, assim, como a vinheta.
. graças a deus, fui e adeus.
Na fúria rsss, as vezes é preciso.
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