sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Corra e olhe o céu


Confesso que já fui meio que viciado em efemérides, e que isso ira respingar aqui no blog mais vezes.

Para demonstrar isso nada mais justo do que falar de um vicio assumido que é a música, e ainda mais falar do mestre Cartola.

Onde a tal da efeméride encontra a música que por sua vez encontra o Cartola nessa postagem?

Resposta: Hoje dia 30 de Novembro, faz 32 anos que perdemos o senhor Angenor de Oliveira.

Em 11 de Outubro de 1908 nascia Agenor de Oliveira, que desde moleque já dedilhava o cavaquinho e violão do seu pai, aos 15 anos já havia largado a escola tendo completado apenas o primário.

O nome Cartola veio do chapéu de coco que usava para trabalhar quando era servente de pedreiro.

Envolveu-se com os bambas do samba muito cedo no morro da mangueira, inclusive foi um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, em 1930 já era popular como cantor e compositor. 

Na década de 40 desapareceu, chegou a ser dado como morto, sendo reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto, trabalhando como lavador de carros.

Voltou a cantar, gravou novos sambas, se casou com o amor da sua vida (Salve Dona Zica) e continuou a ser descoberto e adorado por mais e mais pessoas.

Eu poderia escrever diversas linhas a respeito do Cartola, pois ele é para mim o mais perto que cheguei do meu avô, que eu não conheci, e que lembro ter visto em apenas uma foto quando eu ainda era pequeno.

Até hoje associo a imagem do meu avô ao Cartola por serem parecidos, mesmo tendo como referência uma foto vista aos 10 anos de idade.

Deixo aqui algumas dicas para você conhecer mais sobre o cara.

Discografia (Oficiais)

1974 - "Cartola"
1976 - "Cartola"

DVD - Programa Ensaio 



Biografia

Relançada no ano do centenário do nascimento do Cartola.


E isso aqui só poderia acabar em samba claro.


Linda!
Te sinto mais bela
E fico na espera
Me sinto tão só
Mas!
O tempo que passa
Em dor maior
Bem maior...


Só gravou o seu primeiro disco aos 66 anos de idade, perdeu músicas pelo caminho da vida, não lembrava de muitas outras, e mesmo assim nos deixou uma obra que não toca somente no radio ou na vitrola e sim no coração.

Abraço
Jeff







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