Havia uma orquestra montada naquela vitrine. Instrumentos de
cordas, sopro, metais, percussão, assim como deveria ser. Havia também uma
gaita, dizia ser uma gaita em Dó. Lembrei-me de quando era criança e havia
ganhado uma desses de Natal. Passei por ali por alguns momentos observando-a,
vermelha e intensa, e esquecendo-me da fome, comprei a gaita.
Se arrependimento matasse, eu iria morrer, mas primeiro de
fome. Ao fim do dia já não tinha força para nada e então arrumei alguns pedaços
de papelão para montar a casinha daquela noite e já que a dor de estômago não
me deixava dormir, resolvi finalmente dar o primeiro sopro em meu novo
companheiro.
O som misturado com o sentimento improvisava um som que
fazia minha fome ir embora e também trazia à minha mente uma ideia
interessante. No dia seguinte, sentei-me no centro da praça daquela pacata vila
e coloquei-me a tocar. As músicas improvisavam sorrisos aos que passavam e traziam
moedas ao caneco que coloquei ali por perto.
E se a música move sentimentos, move a mim também. Foi assim
que paguei pelo meu almoço antes de continuar minha jornada para lugar algum.
Encontre mais no livro Rascunhos Vivos
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Nietzsche já dizia que a vida sem música seria um erro, preciso falar mais alguma coisa?
ResponderExcluirAbraço rapaz
curti o texto
Obrigado Jeff!!!
ResponderExcluirNa Sé ia virar um dindin.....se não invadir o espaço dos Boliva.
ResponderExcluirTexto cheio de ritmo. Gostei, Augusto!
ResponderExcluirOlá gostaria de dizer que tenho um canteiro de trevos de quatro folhas o ORIGINAL , todo verde e sem a mancha roxa, vendo cada folha (desidratada e em plástificada) por R$5,00 e envio por carta simples para todo o Brasil (R$1,00) custo do envio.
ResponderExcluirMeu site é: http://sortegoodluck.blogspot.com.br/
Meu e-mail: sortegoodluck@hotmail.com
Obrigado e Boa Sorte!!!