Não dava sorte. E, quando tentava, nada dava certo. Quando o
pão escorregava da sua mão, o pote de manteiga inteiro caía virado pro chão. LNa escola levantava a mão, mas ninguém reparava. E era sempre assim. Avisava, mas ninguém ouvia. Durante um assalto, o
ladrão nem percebeu que estava ali. Perdeu a vez na fila, mas foi encontrado
pela bala perdida. Até na guerra, o frango era urubu. Era sempre o último a
entrar no metrô. Um dia, de tão atrasado, não percebeu que a porta já tinha
fechado e caiu no vão. Ninguém notou, o maquinista não percebeu e o trem passou
por cima, como se não tivesse ninguém lá. Ao chegar do outro lado, era o último
da fila. Mas os últimos serão os primeiros, então ressuscitou antes de todos os
outros. E chegou a tempo de conferir o fim do mundo de camarote, na primeira fila. Conformado, pegou
uma pipoca para assistir ao espetáculo.
Pena que mordeu o piruá e quebrou o dente.
Adoro esse tipo de micro conto!!
ResponderExcluirSai zica, sai Zé meningite.
ResponderExcluirhttp://letras.mus.br/revelacao/48470/
Vai se benzer!! rs
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