Que não sejam teus olhos ocultos pelo peso de tinturas,
Nem tuas faces ornadas como a de Colombina;
Não seja teu corpo oculto em formas alheias,
Não seja teu ser silenciado pela aparência das coisas.
Enquanto estiveres com tuas amigas, divirta-se com a sua paleta;
Que tuas unhas, lábios e faces recebam o arco-íris entre risos
E experimentes aquilo que é desconhecido e contumaz.
Contudo, ao meu encontrares,
Espero ver teus olhos brilhando de desejo;
não de pintura,
não de tintura,
não de disfarce e farsa.
Espero colorir teus lábios de vermelho
Com beijos sôfregos e intensos;
E que as cores anteriores não coloram os meus,
como prova desnecessária da intensidade do encontro.
Que teu corpo avermelhe-se com minhas carícias,
E o rubor te suba às faces,
Não lá esteja previamente, disfarçando tua beleza e convencendo os incautos.
Que eu seja capaz de ver o que acontece,
Acompanhar o acender do desejo,
Para além das máscaras e maquiagens que a tua paleta oferece.
Porque, por mais belo que possa parecer,
Maquiagem nenhuma será capaz de me oferecer...
Nem o desejo, nem o prazer.
Clap Clap Clap
ResponderExcluirIsso foram palmas (que fique claro)
ResponderExcluirEita que junho tá carregado de textos bons! Meninos inspirados que me inspiram. :)
ResponderExcluirPutz merda!... Vou decorar essa porra e dizer para todas as garotas legais que conheço e usam trocentas maquiagens!... Pra que?!...
ResponderExcluirParabéns de verdade!
não conhecia esse seu lado poeta!
ResponderExcluirmuito bom.
Puxa, pessoal, agora que li tantos comentários bacanas! Obrigado, mesmo!!!
ResponderExcluir[Bárbara, meu lado poeta é meio inexistente e revoltado... Aparece, fala e sai andando...]