Saiu do chuveiro e andou com os pés molhados pela casa até
chegar ao telefone. Era engano!
A toalha molhada ficou jogada na cama, enquanto ele vestia a
calça sem cueca. As meias eram cada uma
de uma cor e de um modelo. No pé direito a meia de lã, no pé esquerdo a de
algodão.
O leite derramou no fogão e ele enxugou com a banda do pão
que tinha na mão. O copo sujo de suco de ontem, abrigava o café de hoje e as
bolachas maizenas que o gato derrubou no chão, eram assopradas e comidas
apressadamente.
Saiu de casa com pasta de dente num canto da boca e a camisa
amarrotada sem os dois botões debaixo.
As remelas ele tirava com o auxílio da saliva, que também ajudava na
arrumação do pouco cabelo.
Entrou no ônibus massacrando a todos com sua mochila cheia
de zíperes, cheia de remendos, cheia de segredos....talvez. Pagou o cobrador e
pegou o troco sem gratidão. Sentou na cadeira de idosos e ligou a tv do
celular.
Subiu no elevador sozinho e aproveitou para soltar uns puns
matinais. Limpou o tênis sujo de bosta de cachorro no tapetinho da recepção.
Atravessou o escritório e entrou na sua sala de diretor.
É isso. É o que temos pra hoje. Acabei de fazer, estou no
trabalho e hummmm foi legal escrever. Preciso fazer isso mais vezes. Tive
outras ideias. Gostei. Quem sabe eu não
consigo colocar elas em prática, se não deixar para escrever em cima da hora de
novo! :-P
Curioso como o tom do texto muda depois que a pessoa começa a trabalhar! :P
ResponderExcluir:-P
ResponderExcluirMe lembrou visceralmente o futuro do Ward Stradlater, isso se ele tivesse um futuro na mente do Salinger.
ResponderExcluirHahahaha.... ADOREI, Carol!
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