Se após um deslize, pequeno ou grande, um dos envolvidos
decidiu se colocar em situação de superioridade e concluiu que o outro nem era
tão importante assim e que é melhor acabar, não era amizade.
Se terminou porque alguém esqueceu da data de aniversário do
outro, não era amizade.
Se durou décadas, mas
acabou por que um respeitava, mas não corroborava com ideias e ideais, decidindo
tomar outro caminho e despertando a ira e o tripudio do outro, não era amizade.
Se, sentindo-se magoado, alguém decide se afastar, sem ao
menos conversar e questionar os motivos que levaram o outro ao erro, não era
amizade.
Se um cargo profissional ou político era mais importante,
não era amizade.
Se extinguiu-se, juntamente com o dinheiro ou status, não era
amizade.
Se alguém vive cometendo os mesmos erros, sempre acreditando que será perdoado, não é amizade.
Se alguém vive cometendo os mesmos erros, sempre acreditando que será perdoado, não é amizade.
Se enfraqueceu-se com a distância ou com a mudança de cenário, também
não era.
Amigo não é aquele que aguarda o momento em que o outro irá falhar
para que ele possa se sentir superior. Não é aquele que depende exclusivamente
da presença física ou consentimento do outro. Amigo de verdade não espera e nem
exige perfeição.
Minha mãe sempre disse que, se no final de minha vida eu
tivesse um amigo de verdade, eu poderia me considerar uma pessoa sortuda. Eu
achava exagero, mas agora entendo bem o que ela quis dizer. Amizade não se
abala com desculpas, ela procura soluções. E quase ninguém está disposto a se dar o trabalho.
Então, se acabou, era qualquer outra coisa, menos amizade.
Belo texto!
ResponderExcluirMeus parabéns!
Aaaah: Lembranças pro "Oney" (vulgo H-O-N-E-Y)!
ResponderExcluir;)