No sertão nordestino, os vaqueiros usam roupas de couro
grosso para se protegerem da vegetação árida e espinhosa que machuca. Elas são imprescindíveis para enfrentar a dura
rotina na caatinga.
Amorosa é o nome de uma dessas plantas contra as quais os
vaqueiros se defendem. Impossível conter o riso no canto da boca quando ouvi e
vi a tal planta. “Amorosa... amorosa...” Sim, como duvidar que o amor fere? Como
criticar aqueles que se aproximam dele com capa protetora, afinal, já foram
feridos antes?
O amor dói. O amor pode levar a loucura. Ou será o desejo? A
culpa é do desejo? O amor é generoso e o problema é a paixão que deixa as
pessoas obcecadas e egoístas? Dizem que o amor romântico é uma criação relativamente
recente, talvez a vida fosse mais fácil sem ele. Mas também mais monótona.
Amorosa |
Há poucos dias saiu uma matéria no “El país” comentando
sobre um teste realizado pelo psicólogo Arthur Aron, cuja proposta era fazer
dois estranhos se apaixonarem. Como? Uma série de 36 perguntas capazes de
promover a intimidade entre os dois. Ao que parece, a experiência é bem-sucedida.
Será mesmo possível se programar para amar alguém? Será
mesmo que a paixão é apenas uma combinação de processos bioquímicos e,
portanto, manipulável? Se for apenas
isso, só não me sinto tão ridícula por todas as vezes em que "cai de amores" por alguém, porque o mundo das artes está repleto de tolos como eu...
Para quem quiser conferir: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/21/ciencia/1421856772_939357.html
Uau, super interessante a pesquisa! fiquei com vontade de testar a técnica do Aron.
ResponderExcluirNão conhecia a amorosa, mas já senti a dor do amor.
Ótimo texto, Sirley.