De novo.
Queria dizer-lhe que estou morrendo de saudade. Devo me conter? Acalmar o coração?
'Sim.' - diz a razão.
Um perfume, um momento, uma imagem. Me perco em devaneios.
'Mas não é hora' - palpita de novo a razão.
Um coração curioso se revolta: 'E quando é hora?'
Esse músculo bombeia mais sangue e trabalha mais duro quando eu vivo um momento assim.
Confusa, a massa pensante silencia.
E então vem o suspiro pra apaziguar - 'Calma. Mais um convite e verás.'
'Será?' - me pergunto.
'Não importa, estarás lá perto. Pra quê se exaltar?'
Coração perdido, ansioso. Puto.
Cérebro teimoso, culto. Burro.
Suspiro que suspira. Suspira a ponto de faltar ar de tão profundo. E o que fazer?
De leve, uma tristeza. Sem razão. Razão? Tristeza? Coração? Suspiro que me remete a respirar. Respirar e ocupar a mente com algo qualquer.
Água e Óleo: não se misturam. Meu eu ocupado; meio ocupado com qualquer coisa...
... mas, escondido, pensando em você.
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