Éramos poetas, e resolvemos brincar de escrever um ao outro. Escrevi um poema que dizia:
Deixe que nossos olhares mesclem,
Deixe que os cheiros fundam,
Deixe que os tatos sintam,
Deixe que os beijos beijem,
Deixe?
Logo que leu, em resposta ao que escrevi, recitou seu poema, direto e sem rima, mas o mais belo e jamais visto por mim em toda minha jornada literária. A sentença de um único verbo, uma ação conjugada no mais intenso presente de nossas vidas e que dizia:
Deixo.
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