No chão os corpos das pessoas que Natasha estava acostumada a ver nas telas, todos com a cabeça escalpelada.
O sangue formava poças e também criava letras na outra parede, uma mensagem em código ou seria outra língua.
Pensou em voltar pelo portal, mas lhe pareceu pior conviver com o sangue do avô.
Sentou sobre um dos cadáveres e começou a reler o diário. Podia recita-lo de tantas vezes que já tinha visto aquelas palavras.
O cheiro de morte ajudava a afastar o sono.
Desistiu de reler o diário, palavras que se tornaram sua família. E começou a organizar os papéis que enfiara as pressas nos bolsos, na casa do avô. A maioria tinha o garrancho torto que conhecia bem, outros de pessoas distintas.
"Não volte! Você já tem cabeças demais na sua coleção."
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