Crepúsculo. Alto de
um cruzeiro. Peregrinos do mundo todo passam pelo local. Uma velha senhora
oferece velas coloridas para cada graça a ser alcançada.
Joaquim se aproxima
da velha e faz sinal com os dedos de que quer três velas. Paga, agradece e vai
embora.
Num pequeno
oratório, Joaquim coloca em pé as velas uma ao lado da outra: branca, amarela e
vermelha. Olha em volta para verificar se não estava sendo observado e então acende a vela vermelha, talvez o amor possa lhe acontecer durante a viagem. Acende a amarela, porque dinheiro nunca é demais e, por fim, a vela branca, sua antiga e persistente busca por paz interior.
Joaquim se agacha
para orar. Quando as três velas estão acesas, um vento forte apaga as velas
amarela e vermelha. Ele as acende, calmamente, de novo. Um novo vento forte
assopra e a vela amarela cai e derruba a vermelha. A branca permanece de pé.
Joaquim se enfurece,
levanta e vai embora do cruzeiro. A vela branca permaneceu acesa.
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