Hoje ouvi dizer sobre lembranças
E tantas memórias guardadas
Então, assim como a luz que se acende
Me vieram imagens, sonhos e devaneios
Lembrei da Londres vitoriana
De seus becos escuros e charmosos
Minha mente me levou à Alemanha
Que chorava em uma guerra sem fim
Foi então que me falaram com ar ríspido
“Mas estas memórias não são suas!..”
Não são Minhas?
Oras! Por que não?
Estão comigo e me foram dadas
Não serão minhas as memórias,
De uma cidade distorcida,
Pelos temores de um Rainer Rilke?
Será que as lembranças que tenho,
Daquela Itabira de um José qualquer,
Não me foram dadas?
Lembro-me perfeitamente do Inferno
Assim como do Céu da bela Beatriz
Quantas horas ficamos por lá conversando!
Tantas são as histórias que tenho comigo
De São Paulo, Pernambuco, Ceará e Piauí
Algumas outras até importadas do Japão
Sim! São minhas memórias
Não me importa se vieram do Cinema
De notas agudas ou graves
Ainda mais se me vieram em papel
Seja ele branco e novo
Ou amarelado e perfumado
Pelo cheiro do tempo!
São minhas memórias
Assim como outras que vivi
Esta aqui, separei para quem quiser levar
Fábio Fonseca
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