Minha alfavaca estava linda e radiante, até que um dia
reparei que suas folhas começavam a murchar. Ainda estou começando nesse
negócio de plantas, apesar de ter 23 vasos em casa. Exagerada, eu sei. Fato é
que não consegui identificar o que a alfavaca sentia (acho que é mais fácil com
um bebê chorão). Continuei com os cuidados e regas habituais. Ela, então
piorou. Mas não foi de uma hora para a outra. Depois das folhas murchas, caídas,
foi a vez do caule, que de marrom ficou seco. Muita água, talvez? Pouca água,
pouca luz? A coitadinha foi fenecendo, até que entregou os pontos.
Fiquei pensando no quanto difere esse processo de um
relacionamento entre duas pessoas. Pouco. Muitos que chegaram ao fim, inclusive
os meus próprios, seguiram o mesmo ciclo. Folhas encolhiam-se anunciando a
falta de nutrientes, de mais luz. Ou de regas. Acontece. Até sucumbir de vez
são vários os sinais que no caso da planta, fui incapaz de reverter. Com as
pessoas já vi de jardineiros atentos – magos no renascimento – remexerem a
terra e encontrarem um novo caminho.
A reinvenção pode existir nos vasos, na vida. Sábia natureza.
É só saber observar. E agir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário