Sinto o aroma das amoras, e das ervas em meu jardim quando ainda eram cuidadas, regadas, amadas, vivas!
Ainda ouço o cantar dos pássaros e o barulho da rede balançando em meu quintal, a música no ar, e ainda sinto e o cheiro dos churrascos de fim de semana, quando eu era celebrada.
Ainda sinto os gatos arranhando minhas paredes e repousando em meu piso. E ainda ouço as vozes em meu interior -às vezes sérias, às vezes tristes, mas muitas vezes alegres-, quando eu era habitada.
Ainda sinto a movimentação de pessoas, animais e histórias, sob meu teto e minha proteção, quando eu era refúgio.
Ainda sinto a gratidão e o amor de quem eu abrigava e cuidava, quando eu era lar...
Se objetos sentem saudades, eu não sei. Mas posso testemunhar que as casas sentem, e muitas!
Excelente texto. Nostálgico sensível. Parabéns!
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