I
há
som
na
margem
do sentido:
a
vida
por
dentro
do grito.
II
todo
começo
é meio
todo
fim
é meio
todo
meio
é voz:
soa
por si.
III
dos
restos
de silêncios
sobra
sempre
uma
vaga
certeza
de que
tudo
nunca
foi dito.
IV
a
partitura
da fala
não
se resume
à letra.
saber
ouvir
o escrito
fazer
cantar
o sentido
querer
dizer
o não-dito.
V
palavras
ecos
e nadas...
pranto:
silêncio
em pó
na página
em branco.
VI
o som
da sina
sobrevoa
os signos
silenciosos.
sentencia
a sorte
de todos
nós:
a voz
da palavra
viva
a vez
da palavra
voz.
Que Fabuloso, Falbo! Gostei tanto, tanto, tanto.
ResponderExcluirnão
ResponderExcluirsei
comentar
poesia
só sei
que
gostei
do que
li
...
amo
ali
ter
ação
...
.
ouvi mentalmente minha voz lendo essas letras. ouvi essas letras com gosto.
ResponderExcluir;)
"todo
ResponderExcluirmeio
é voz"
lindo, lindo.
c
ResponderExcluiro
n
c
o
r
d
o
com Lucas Guedes.
lindo lindo lindo
ResponderExcluiramei ver poesia. 'querer dizer o não-dito.'
ResponderExcluir;)
posso nao saber ler poemas, mas sei interpretar conteúdos e esse sim é caralhístico.
ResponderExcluirLindo demais!!
ResponderExcluirPalavras ecos e nadas
Ontem a noite baixou o exu-do-crítico literário. Escrevi até não poder (longo e chato) detalhando parte a parte do poema (Conrado já viu esse meu método engajado). Ai mandei, e sumiu - era dia de manutenção do blogger. Perdi tudo. Talvez não fosse para ser. Belo poema, do grito que não diz tudo, aquilo que nunca foi dito ao se romper a relação amorosa, a canção que surge na voz viva (4o.), e por fiz a voz no final, independente canção sobrevivente: a voz/da palavra/viva//a vez/da palavra/voz.
ResponderExcluirMuito bom, gostei da sonoridade suave que vc criou com os Ss e os Vs. Os sons estão mesmo presentes no teu universo. No inicio, era o Verbo!
ResponderExcluirEu acho que se for dizer tudo, fica chato.
ResponderExcluirEsse poema é bom, tudo bem que li umas três vezes pra entender, mas gostei.
Tomas,
ResponderExcluir...
...
...
Sem palavras! Será uma pena ter que decidir entre o artista e o crítico, você é os dois!
Adorei! Amei! Continue escrevendo assim pra nós, Sr Conrado!
ResponderExcluira voz
ResponderExcluirda palavra
viva
.
.
.
é linda.
pq. poesia faz bem...
ResponderExcluirGOSTEI!
ResponderExcluirTava precisando ver algo tão bem feito para me motivar ^^
ResponderExcluirObrigado!
Cantar como se nada tivesse existido.
ResponderExcluirBeijo!
Já disse q admiro quem sabe escrever poesia?
ResponderExcluirPara ler em um dia cinza como o de hoje e se aquecer.
Aprendeu a desnudar a alma?
ResponderExcluirAquilo que é profundo e escondido que ninguém consegui definir.
Houve momentos tão intensos que chegaram a consumir e "desmaiar"...
A voz havia sumido e tudo que havia restado era o ...
todo
meio
é voz:
soa
por si.
dos
restos
de silêncios
...
MARAVILHOSO!