domingo, 30 de outubro de 2011

Ver Sem Olhar



Há tanto que eu não sei
Do tanto que julguei saber
Daquilo que me era claro
Por tanto quanto foi crível
Andei por tantas certezas
Que nunca me foram certas
Ouvindo verdades falsas
Cantadas pra me embalar
Os dias me foram anos
Os anos me são tão longos
Palavras me dizem nada
Pra tudo que quero ouvir
Mas tudo um dia passa
E eu passo por tudo sempre
Pra tudo não ser de novo
Isto que mal vivi
Disto que me emudece
Que mato atrás das linhas
Escritas sem nem olhar...



Lai Paiva

3 comentários:

  1. Que poema lindo, Lai! :)
    Eu sou meio obcecado por essas incertezas que a gente tem que enfrentar na vida, como tema literário. E você disse muito mais do que eu jamais vou conseguir dizer sobre isso.

    Parabéns, mesmo!

    - Caio

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  2. Todo vez respiro fundo.

    Como consegue?

    Eu bem queria, escrever metade da beleza daí.

    Lai é lindo!

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