quarta-feira, 16 de março de 2016

.sambinha do homem amoroso.

eu te dou a flor
o beijo,
ardor
das mais
inquietantes
paixões

velo teu sono
sereno,
te espreito,
mas só por cuidar,
é zelo de quem
bem-te-quer,
olhos pra te
navegar

entrego-te
de versos
o tudo, 
desde 
que me digas
sim,
desde que
sussurres
canções
ou 
um dócil
silenciar,
desde que não
sejas,
ai de mim,
desde que não sejas

mas, tu,
amorzinho,
não ouviu
meu clamor,
desfez meu
apreço,
descamou-me
pele,
eu remetia
carinhos
e tu
castigou

ó doçura, 
agora
perdoe o desajeito,
os gritos, 
o punho,
a pedra,
asfixia,
revolver, 
fivela

é que nesse teu
desejo 
de ser
só tua 
e nada mais,
eu não sei de mim
eu não sei, 
mas,
ai,

pobre deste coração
iludido
que 
se reconhece
teu dono,
teu capataz,
tu,
amor,
sabes que
eu não queria
mas, 
ai,
só logro
fazer 
dicotomia
do nós,
se tua
existência
se torna
fugaz.

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