Ouvia uma fita cassete do Legião urbana, e em um pequeno trecho os integrantes do grupo falavam sobre eles mesmos.Não tinha muito a ser falado, já que tinham 20 e pouquíssimos anos e fora estudar e tocar não tinham grandes novidades.Pensei no Renato Russo, no Cazuza, no Álvares de Azevedo, No Kurt Cobain entre tantos outros, e pensei no porque de nossos "poetas" serem tão jovens. Tanta base, tantos princípios, tanta importância vindo de pessoinhas que mal saram da adolescência.
Lembrei também que no final da minha adolescência, fazia melodias e escrevias versos e poemas para acompanhar, muitos eu já esqueci, mas outros muitos tenho guardado e as vezes me pego cantando uma música que eu mesma escrevi. Como se eu tivesse sido outra pessoa - eu era - não canso de pensar que cabem mil vidas dentro de uma só.
Com o tempo a vida foi ficando séria e eu também, chorar por um amor não correspondido foi ficando pequeno perto de outros motivos tão grandes que me permitiam chorar, esse choro é amargo e nunca valeu ser eternizado com uma canção quando a gente só quer esquecer.
Tinha uma teoria, que gente com a vida melhor ouve música "boa" e gente mais simples ouve música "ruim" um arrocha, um pagode, um funk descontraído porque distraí quem tem problemas de verdade. Isso também, as músicas que escuto hoje são tão mais alegres do que o "hoje a tristeza não é passageira", porque vai que não é mesmo.
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