O homem me estimula com movimentos alvoroçados. Pra frente. Pra trás. Pra frente. Pra trás. Pra frente. Frente. Frente. Pra trás. Seus olhos me olham desejosos, atentos a cada menor movimento. Minha face fica vermelha, branca, azul, amarela. Fica de todas as cores. Com vigor, agarra uma de minhas partes mais protuberantes e tenta manter o controle. Pra frente. Pra frente. Pra trás. Em vão. Ele não sabe, mas quem o controla sou eu. Penso aqui com meus botões: ele ainda não tomou o cogumelo. Só com o cogumelo que o membro de capuz vermelho cresce. Fica grande. Fica enorme. Indomável. É duro, mas ele não pegou o cogumelo. Assim tudo fica mais difícil. Ele sua. Eu na minha. Ele cansa. Eu nunca canso: sou elétrica. Ele curte. Eu curto. Circuito. Não tem mais jeito. Ele falhou e eu não faço a menor cerimônia em lhe informar isso: Game Over, lhe digo com todas as letras. Frustrado, leva as mãos à cabeça. Pragueja. Comicamente se autoflagela com pequenos cascudos na testa. Burro! Burro! Burro! No fundo eu me divirto com isso. Sou até um pouco sádica, é verdade, a frase-veredito insistindo em piscar na minha fronte. Mas logo volto à tela inicial e ele se encoraja novamente. Não se preocupe, meu bem, você vai superar isso. É só uma fase.
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