Recebi
esse cartaz na saída do Terminal Parque Dom Pedro para o mercado da Vovó com as seguintes 4/5 pautas:
-
Contra a Reforma Trabalhista;
-
Contra a Reforma da Previdência;
-
Contra a Terceirização;
-
Pelo Fora Temer e Diretas Já.
Do
curto trajeto até o mercado os burburinhos para quem entregava os panfletos
eram os mesmos:
-
sabe dizer se ônibus e motoristas também vão parar? (transeuntes)
-
os motoristas não aderiram à greve. Já os metroviários ainda vão decidir.
(militantes)
Sigo
o caminho e ainda escuto mais gente questionando a mesma coisa enquanto segura
o panfleto. Atravesso a rua. Entro no mercado e os cochichos continuam entre
filas e corredores.
Passo
no caixa o biscoito e o queijo, pago a conta, atravesso a rua e os moços
continuam entregando os panfletos sendo questionados por outros se o transporte
vai parar.
Ando
até o quarto corredor de ônibus, viro a esquerda até o anti-penúltimo ponto, entro
naquele ônibus e pago a passagem $3,80 para ser mais precisa, rodo a catraca e
me sento.
Não
existe outro pensamento além da revolta na (des)crença de que as pessoas ainda
não absorveram totalmente a gravidade das reformas anti-trabalhadores.
Ainda
mais grave neste contexto quando o presidente temerário é denunciado por
corrupção passiva.
Mas
o pior saber que a população condiciona à participação na greve a paralisação
do transporte público.
Quando
comentei sobre a Greve Geral do dia 28/04/2017 fiz questão de não mencionar a
participação do transporte público na greve.
Outros
comentaram muitíssimo bem sobre a participação essencial dos trabalhadores do transporte na greve.
Todos sabem o quanto é importante quando o transporte público participa, no entanto, assumir a responsabilidade seria essencial para nos fortalecer enquanto trabalhadores. Jogar a responsabilidade de nossas ações/decisões para outros é covardia.
Todos sabem o quanto é importante quando o transporte público participa, no entanto, assumir a responsabilidade seria essencial para nos fortalecer enquanto trabalhadores. Jogar a responsabilidade de nossas ações/decisões para outros é covardia.
Hoje ao ler rapidamente os jornais saltaram os olhos nos argumentos dos trabalhadores e sindicatos
do transporte justamente sobre a dependência do povo em aderir a greve condicionado a greve do transporte público.
O
resultado desta dependência está na criminalização da luta através de multas altíssimas
aplicadas aos sindicatos pela justiça sob a justificativa de que a greve do
transporte público está ferindo o direito de ir e vir de quem não aderiu à
greve.
Mas
a greve decidida por categoria profissional e /ou profissional é direito
garantido na constituição. Constituição esta que está em pleno processo de destruição.
Aderir a greve é um exercício do seu direito, e o ter vetado através do impedimento de articulação dos sindicatos por multas da justiça significa o que?
Aderir a greve é um exercício do seu direito, e o ter vetado através do impedimento de articulação dos sindicatos por multas da justiça significa o que?
As
palavras que me vêem a mente são: censura e criminalização. E se por acaso você
está com medo de aderir à greve por receio de ser desligado, dispensado,
demitido tem algo errado, significa que você não vive o seu direito e
infelizmente não sabe o que é e não vivência o mínimo da democracia.
Já
que decidi não encher lingüiça e sem trema por favor mas o computador não
aceitou retirar, aqui vai um relato simplista de uma grevista plenamente convicta
de seus direitos.
Eu
tenho direito à greve. Ponto final.
Não
tenho medo, porque não devo tê-lo.
Os motivos são fortíssimos e justificam à adesão a greve:
REFORMA TRABALHISTA
.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
.
TERCEIRIZAÇÃO
.
FORA TEMER
.
E SE O POVO QUISER:
DIRETAS JÁ
.
E/OU
.
ELEIÇÕES GERAIS
.
NENHUM DIREITOS A MENOS
.
Por aqui não
vai ter barganha ou troca de favores. Aqui hoje e amanhã não vai ter
peleguice. Não sujeitar a golpistas o seu direito à greve e direito à vida
digna é resistir. Por hoje e pelo amanhã: resistência.
Só a luta muda a vida.
Só a luta muda a vida.