quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Deixe-me Dizer O Que Eu Tenho
domingo, 27 de janeiro de 2013
Post duplo (ambos inúteis)
Apesar de tudo, sei que eu preciso pensar positivamente o ano novo. O problema é que me lembro o que um tio de oitenta anos diz: “pensamento positivo é a única arma dos ignorantes” e em seguida me sinto uma ignorante-creio-que-tudo-ficará-bem ou uma pessimista-acomodada-com-as-desgraças. Não, não! Não precisamos levar aos extremos! O ano mal começou não posso me entregar a niilismos profundos como esse meu tio octogenário. Deixa pra chegar nesse estágio de negação total quando estiver lá pro nono, décimo andar do ano.
ps. Aproveito para felicitar todos os gêmeos que fazem aniversário amanhã.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Os Sodders
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
A cada novo dia começa um ano novo...
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
O costume da saudade
Que não era comigo. Mas não deu.
E você no meu.
Ainda assim é bom lembrar. Acreditar que ainda somos capazes de amar nos encoraja a um dia ainda acreditar que de dentro de nós, possa brotar essa "necessidade" dolorida e gostosa do sorriso de alguém, daquele clipe que a gente logo imagina quando lembra da pessoa em questão.
Mas acho que é só comigo.
É só comigo.
Num mundo onde tudo é tão descartável e tão passageiro, você não passou em branco.
Muito pelo contrário!
Ainda vive aqui, em meio aos meus sonhos e devaneios, tão vivos dentro de mim, tão atuais, tão necessitados.
Em meio a milhões de olhares, o seu foi diferente. É diferente. Em meio a pensamentos, idealizações, idéias, alegrias e tristezas.
Em meio ao que não pode ser, pela distância e pelo tempo distante das circunstâncias, você daí e eu daqui!
Sigo sonhando um sonho do qual ainda não despertei.
Não por maldade, nem por masoquismo, imagina!
E sei que nem por maldade sua também, tão inocente nessa história toda!
Um dia sei que acordarei.
Para novos sonhos e novas realidades.
Aí, você será só uma lembrança. Talvez, como eu seja pra você hoje.
Será que sou? Não sei... Acredito que sim...
Mas se não for, não tem problema!
Como já disse, um dia acordarei!
E a partir desse dia, você será somente mais um rosto e um sorriso em meio à multidão.
Rosto e sorriso dos quais me acostumei a sentir saudade.
E com a saudade, veio o costume da falta que você ainda faz.
É triste sentir falta e saudade dos que já se foram.
Mais triste, porém, é sentir falta e saudade de pessoas que, como você, ainda vivem, aqui dentro de mim.
domingo, 20 de janeiro de 2013
(Espera)nça
Essa ideia, falsa, parece boa. O fim de um ciclo coincidindo com o fim do ano, que já interpretamos tradicionalmente como um recomeço. É claro que o réveillon em si não proporciona nada, é uma mera convenção que nem chega a ser universal, comemoramos até fora de hora graças ao horário de verão, mas nos acostumamos com ela. Desde a infância vemos a virada de ano como recomeço. Passar de ano na escola, encerrar o campeonato brasileiro, aguardar pelo próximo carnaval ou qualquer outro evento que possa marcar.
Para mudanças precisamos de metas. E como somos ambiciosos! Novo regime, novo emprego, novo amor, nova postura... Tudo novo. Só vejo um problema nisso: a esperança. Não falo da crença em que tudo melhore ou ao menos mude, mas da confusão que muita gente faz associando esperança à espera. Na esperança de que as coisas mudem traçamos metas, sentamos e cruzamos os braços. Isso só funciona para os problemas, que insistem em nos procurar mesmo quando não fazemos nada para atraí-los.
Ter esperança de que as coisas melhorem em 2013 é aceitável, até porque 2012 foi de amargar, mas esperar que isso aconteça naturalmente implica em perceber que temos mais uma edição do Big Brother, os políticos continuarão roubando, as pessoas continuarão atendendo celular no cinema falando baixinho como se isso não atrapalhasse, nossas escolas continuarão na zona de rebaixamento do ranking mundial, etc.
Esperando também veremos coisas boas. Talvez o PIB cresça, a Bovespa quebre recordes, as montadoras elevem as vendas e o Eike Batista recupere alguns bilhões perdidos no ano passado, mas acredito que meu salário será mantido, mesmo com esse cenário dito otimista.
Nada contra a esperança, só acho prudente parar com a mania de associá-la com espera e ir à luta. Sempre que penso nisso me lembro do Cazuza aos berros. “Vai à luta, vai à luta, VAI À LUTA!” Resolve? Não. Frustra também.
Mas existe algo que nos força a ouvir o poeta, que só falta pular da tela e nos chacoalhar, obrigando a lutar: a falta de outro caminho. Não há mais nada a fazer. Não se trata de uma autoajuda vazia com sorrisos falsos de motivação, nem uma inspiração em Barack Obama com seu “yes, we can”, mas gostando ou não, ganhando ou perdendo, a única alternativa é arregaçar as mangas e por de lado a postura de espera.
Minha primeira mudança para esse ano: começar a escrever para o Blog das 30 pessoas. Funcionou. Em breve comento os resultados. Minha primeira frustração também já chegou. Comecei a escrever esse texto prometendo ser menos prolixo. Acontece.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Os 50 tons salvadores
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Super Desinteressante
E para seu interesse, eu não tinha nada mais interessante para escrever.
sábado, 12 de janeiro de 2013
Aprendendo a viver entre o passado e o futuro
E hoje estava vendo uma entrevista com o editor do `El País ´,um jornal espanhol,explicando o que vem acontecendo em relação a família real espanhola e achei a explicação dele muito interessante.
Em 2003 o genro do Rei Juan Carlos da Espanha,o famoso atleta Inaki Undargarin, fundou uma ONG,o Instituto Nóos,mas desde 2006 vem sendo alvo de investigações e no ano passado se comprovou que sua ONG está envolvida em desvios de dinheiro público e mais seis crimes,que vão desde falsificação de documentos até sonegação de impostos.Tudo tem vindo a tona muito lentamente,já que ele é genro do rei e todos sabem que é impossível alguém se mexer tanto no sistema público sem o aval do rei,sendo assim os advogados da casa real estão cortando dobrado,para ganhar tempo,para que alguns crimes possam prescrever e poder afastar a idéia de que o rei sabia e recebia uma parte do dinheiro desviado.
Diante disso os espanhóis pensaram o que todos pensam quando dinheiro e poder vão de mãos dadas,que nada aconteceria,finalmente o genro é o pai dos netos do rei,não tem como ele ser preso,é matematicamente impossível imaginar a filha do Rei,a Infanta Cristina,visitando o marido na cadeia.Mesmo assim a casa real espanhola ficou desmoralizada e fragilizada diante do escândalo.
E nessa entrevista o editor resolveu defender a casa real,coisa que precisa de muita convicção,porque o desvio de dinheiro público em um país que está falido é um nervo exposto,as pessoas estão cansadas e irritadas,os espanhóis estão perdendo suas casas e seus empregos enquanto a família real deita e rola na vida mansa.Mas o editor foi rápido e esperto,defendeu a casa real dizendo que o tempo da internet não é o mesmo da justiça espanhola,a internet tem seu próprio ritmo acelerado,mas a vida real não tem essa rapidez.Ele diz que o fato de que os espanhóis possam ler todos os dias na internet como vai o processo ou ficar sabendo de detalhes não quer dizer que as audiências são no mesmo dia e o veredicto saia na hora.
Estamos tão acostumados a tudo de imediato na internet que quando não vemos a justiça agir na mesma velocidade achamos que alguém está sendo acobertado.
Ele também menciona essa questão na vida pessoal de todos,antes havia um tempo nos relacionamentos,uma demora em saber quem era o outro.Hoje antes mesmo de namorar é possível fuçar as redes sociais que a pessoa freqüenta e assim ter um perfil mais elaborado,desde aquelas informações que a gente já sabe até fotos de ex-namoradas ou namorados.
Na defesa a casa real o editor pede paciência aos espanhóis e fé na justiça,o processo contra o genro está correndo,mas não é um site,que pode se abrir e fechar em segundos.Também menciona que as pessoas devem aprender a separar o tempo da internet do tempo real,no mundo virtual podemos ver na tela pratos de comida em segundos,enquanto na vida real a comida leva tempo ficar pronta.
De todas as defesas que já li a casa real espanhola essa foi sem dúvida a melhor,porque não deixa de ser verdade.É real isso,estamos vivendo acelerados,achando que tudo tem que acontecer em segundos.Eu já sou impaciente por natureza e de repente vou abrir um site e demora,já fico puta da vida,querendo quebrar o computador,esperar dois minutos para mim é uma vida inteira.
Mas o fato é que nem na Espanha nem em qualquer outra parte a justiça é rápida,pelo contrário,é lenta,demorada,arrastada e nem sempre acerta.É possível que mesmo com toda a irritação dos espanhóis o processo contra o genro do rei se arraste por anos e com tantos advogados trabalhando para a casa real as probabilidades de uma condenação são mínimas.
A tendência é piorar nossa noção do tempo,porque com o avanço da tecnologia todos os brinquedos que usamos todos os dias vão estar cada vez mais rápidos,já toda a máquina que nos cerca,desde questões de justiça até hospitais,trânsito,tudo vai ficar cada vez mais lento,mais saturado,mais emperrado.É melhor mesmo a gente começar a se acostumar com esses dois mundos,um no qual estamos fechados e tudo tem a velocidade da luz,outro no qual estamos abertos e nada anda pra frente.É como uma moeda,um lado pertence ao passado,a burocracia e o outro lado pertence ao futuro,a informações que voam e diversões em segundos,ficamos ali no meio tentando nos equilibrar,algumas vezes tontos pela velocidade de dentro,algumas vezes irritados com a lerdeza de fora.Cada época tem sua sina,imagino que essa será a nossa,equilibrar o passado e o futuro sem perder a cabeça.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
O Artista e o Cubo
Eu, pra variar, vejo o cubo uniformemente com seis lados, esteticamente calculado, estrategicamente numa vista isométrica, mas aposto que se eu perguntar como é o cubo para o artista, ele dirá que o cubo tem oito lados, ou melhor, me dará uma surpreendente resposta que uma mente incapaz de pensar fora do cubo, pensaria.
Dizem que o artista cria, mas eu penso que o artista apenas explora. Explora tão longe que aqueles que vivem dentro do cubo, pensa que é criação. É nada! Extrapolou o limite do cubo. Descobriu que o cubo pode ter muitos outros lados interessantes que o próprio cubo desconhece.
Eu tenho vontade de ser um artista, de repente um dia, quem sabe?
O artista é capaz de nos mostrar coisas que pensávamos saber de outra forma totalmente diferente. Alguns acham que é loucura, outros acham graça e os que acreditam, muitas vezes também experimentam o que é ser artista.
Artista pode expressar o que explorou através da dança, da música, do rabisco de desenho ou de uma pintura. Um artista é tão artista que pode explorar o próprio cubo e coloca-lo pra fora, ou trazer o de fora para o cubo em linguagem cúbica.
E eu, aqui dentro, vou tomando coragem pra ver o que tem lá fora. Nunca ouvi falar de artista que deixou de ser artista. Mas já vi quem não era se tornar. E aqui estou, observando e me encorajando, quem sabe?
E quer saber? Eu, neste cubo penso que o artista explore tão longe, mas nem deve ser tão longe assim.
Encontre mais no livro Rascunhos Vivos
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Você ousar sentar mais perto...
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Mais Gatos e Menos Passarinhos
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Chegar em mim
Pensei nas inúmeras possibilidades de formas de escrever e no modo como os outros 29 dias-pessoas se comportam por aqui, numa tentativa de adequação, em vão. Gosto de textos curtos e palavras precisas, mas não consigo fugir de ser extenso quando preciso me explicar.
Minha intenção era de que esse texto carregasse algo a mais de mim além das apresentações formais. Além da possibilidade de poder começar um texto com continuação para o próximo mês. Mas isso não é um romance, é um blog, de forma que tenho que me encerrar aqui mesmo.
O plano geral desses dias 07 que ainda virão, será o de recorte temático. Recentemente assisti no cinema “As aventuras de Pi” e relacionei muito com o processo de escrita.
Existe uma necessidade de metáforas pra vida às vezes para existir o mínimo de compreensão do outro ou de si. Embora tenha trabalhado pouco com isso (sou sempre concreto e simplesmente rata comigo demais no meu blog pessoal) vejo que num campo de maior visibilidade a coisa crua nem sempre cai bem.
Eu quero chegar a essas 29 pessoas e mais. E quero que possam chegar em mim.
De leve ou brutamente – é comigo mas também é com vocês.
Pedro Progresso
domingo, 6 de janeiro de 2013
Há algo mais
Há algo mais! – 31/12/2012 (17h)
Como nos esticamos, em busca do que quer que esteja do outro lado do que quer que for. Um número a mais no calendário, no fim dos quatro dígitos do ano, ou uma página virada no jornal do dia, na busca incessante por algo que ilumine os olhos de peixe morto daquele que esqueceu como é ter dormido o bastante na noite anterior. Algo sempre o mantem acordado.
Há algo mais? – 31/12/2012 (22h)
E não importa o quanto nos estiquemos, no final do dia estamos de volta à eterna prisão de ser nós mesmos. E será por isso que nada nunca muda? E por isso que, ao mesmo tempo, se você olhar para trás, parece que tudo mudou? Aqui, sentado, deixando esvair os segundos, o coração batendo e o oxigênio correndo-me aos poucos por dentro. E nada muda. Um segundo não faz jus a uma vida.
E, ainda assim, ela insiste em bater à porta. Chamem-na de tolice. Eu a chamo de esperança.
Há algo mais. – 01/01/2013 (0h)