- Você é bonita.
- Você é bonito.
- Eu gosto de brincar com você na árvore.
- Eu gosto de você.
- Eu roubei um beijo seu.
- Você é ladrão.
- Eu sou ladrão?
- De beijos.
- Ah.
- Você é bonito.
- Você é bonita.
- Eu gosto desses sinais.
- Que sinais?
- Esses do seu rosto.
- Quer pra você?
- Você vai tirá-los?
- Você quer?
- Se você tirar vai doer.
- Ah é.
- Posso lhe abraçar?
- Pode.
- Posso encostar meu rosto no seu?
- Você pode tudo.
- Tudo o quê, por exemplo?
- Ficar com meus sinais.
- Mas se você tirar vai doer.
- Eu estou apaixonado por você.
- Como assim?
- Assim.
- Assim, como?
- Assim, assim.
- Assim de namorar?
- Assim de casar.
- Mas a gente ainda é criança.
- A gente pode casar de mentirinha.
- E eu faço comidinha de mentirinha pra gente?
- Isso, e a gente tem um filho de mentirinha.
- E a gente mora de mentirinha na casa da árvore.
- Eu te amo.
- Assim tão rápido?
- Meu coração quis dizer isso, desculpa.
- Sem problemas.
- Hãn?
- Eu disse sem problemas.
- Você não gostou de saber?
- Não é isso.
- É o quê então?
- Nada.
Muita gente grande brincando disso aí.
ResponderExcluirLindo!
ResponderExcluirQue lindo! Deu vontade de brincar. rs
ResponderExcluirlindo e poético o texto! brincar de verdade, viver de mentirinha... essa e outras realidades da vida expostas à luz de um olhar poético.
ResponderExcluirHugs!
Muito bom o texto, remete mesmo ao lirismo infantil, de ver tudo como "brincadeirinha" ou "mentirinha".
ResponderExcluirTenho 20 anos e ainda tô vivendo isso, haha.
Nossa, me veio um filme agora, quando brincava de casados com uma amiguinha... hehehehehehe Otimo post!
ResponderExcluirAbçs!
Danilo Moreira
http://blogpontotres.blogspot.com/
Desde criança se deve saber que nunca se responde um "eu te amo" com "nada"... lindo demais.
ResponderExcluirsempre atirando longe, mas quero final.
ResponderExcluir