sábado, 9 de maio de 2020

O peito de Carolina

Depois de um dia muito cheio, que incluiu aventuras, caça, comilança, banho de sol, banho de gato, soneca, peripécias, brincadeiras com minha filha, esfregação no chão, na parede, no portão, no muro, nos móveis e nas minhas pessoas preferidas, mais soneca, correria pela casa, mais comilança e mais peripécias, gosto de repousar no peito de Carolina. 

Quando ela se deita, e começa a ler, eu subo em seu tronco (ás vezes delicadamente, ás vezes em um pulo para surpreendê-la- é tão engraçado o gemido que ela faz quando pulo em sua barriga), e me ajeito até encontrar a posição perfeita em seu peito. 

E a posição perfeita é aquela em que posso sentir o calor do seu corpo, a movimentação de seu tórax conforme o ar entra e sai de seus pulmões, e seu cheiro amendoado. Enquanto ela ouve meu ronronar, eu ouço as batidas do seu coração, e isso me acalma, me faz sentir segura e protegida, como se nada pudesse me abalar, enquanto me embalo em seu peito... e, finalmente, adormeço. 

Um sono puro e doce, como o de todos os gatos.


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