segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Incoerências pandêmicas

Desde o encerramento das olimpíadas, no último domingo, tenho sentido um vazio interior... Quem me viu revoltada pela realização de um evento dessa magnitude com uma pandemia ainda em curso, não acreditou quando me flagrou em altas madrugadas na frente da TV torcendo em todo e qualquer esporte, comemorando as conquistas dos atletas brasileiros, me irritando com a enxurrada de clichês narrativos olímpicos dos jornalistas, azarando os EUA, me emocionando com vitórias, derrotas e histórias.

A verdade é que a vida de quem se mantém em casa 99% do tempo não é lá muito movimentada ou emocionante, e acompanhar as olimpíadas acabou preenchendo um pouco essa lacuna. 
Trabalho atrasado concorrendo com as competições esportivas, madrugadas dormindo no sofá durante os jogos de vôlei, bafões que deixam qualquer BBB no chinelo.
O slogan da "Despertando o melhor de nós" e os desejos de ferrar os atletas concorrentes.
Os discursos inspiradores, e a falta de consciência social assustadora.

Daqui duas semanas tem mais, com as paralimpíadas.




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