Giggio, o pequeno Palestrino em
Palmeiras não. É Palestra!
Como virei Palmeirense? Nunca. Não gosto de dizer que virei Palmeirense, pois isso acarretaria em dizer que já fui algo diferente, não fui. Antes de pensar em qual seria minha alcunha meus velhos já procuravam utensílios verdes para meu enxoval, dizem que minha primeira palavra foi: “Djalminha”.
Claro que não começo eu não entendia nada, mas mesmo a família sabendo que eu não conseguia distinguir o verde do laranja, ficavam muito orgulhosos a me ver cambaleando e caindo vestindo aquele macacão comprado na loja do time. Agradeço o bom senso deles de cultivarem e incentivarem esse amor sem precisar ter que me levar ao estádio antes que eu conseguisse controlar minhas necessidades fisiológicas, penso que seria bem embaraçoso isso, fora que eu não ia entender nada mesmo, ia ser demais pro meu sistema nervoso central entender a regra do impedimento ou porque o Galeano era titular.
Finalmente, aos seis anos chegou o dia da minha “estréia”, a família toda estava presente no Palestra Itália, parecia até que eu ia jogar. Entrei no campo com os jogadores, conheci o estádio e enfim, vi o jogo. Lá pelas tantas do segundo tempo finalmente saiu o gol, não sabia o que fazer, então, comecei a pular e a fazer movimentos sem sentido até que começaram a me abraçar. Então virei para trás e disse para um senhor: “foi gol do Palmeiras!”, ele respondeu: “não filho, gol do Palestra!, do Palestra!”. Não entendi no primeiro momento e só mais tarde fui procurar saber por que ele disse aquilo, na verdade ouvi uma centena de vezes depois a mesma história daquele senhor, 1942, guerra, perseguição, aliados...
Assim, por livre e espontânea pressão, nasci Palmeirense, ou melhor, Palestrino. Meu avô, “seo” Donato, até hoje fala Palestra, é como se assim se diferencie dos demais Palmeirenses, como se fosse algo a mais, uma patente mais alta. Não que tenha ranço das pessoas que provocaram a alteração do nome, ou mesmo que não goste da designação Palmeiras, é somente um velho rabugento que tem aversão a mudanças mesmo.
Estória e personagem de: Vlad Galli
Por ser puxa-saco do meu pai, eu digo que sou palmeirense, mas na verdade não dou a mínima para o futebol. Não para esse futebol que só serve para vender mais nike e coca-cola. E no próximo dia 21 eu voltarei para este blog com um post. Ao menos tentarei. Beijos a todos daqui.
ResponderExcluirAssinado Sakana-san que tem preguiça de atualizar o Twitter, o blog e de mandar recado um a um
Serni?
ResponderExcluirQuantas vidas tem o meu amor??
Tenho um sol e uma varanda...
Um violão e sapato, que é meu irmão.
Ela vai comprar pipoca.