Ela começava a se acostumar com uma felicidade mansa e perene, quando mais uma vez lhe tiraram o chão. Aos prantos, sozinha e ainda machucada, pensava que a trilha sonora da sua vida poderia ser aquela música da Maysa. Ela já era suficientemente experiente no assunto. Levou rasteira tantas vezes que seus cromossomos sabiam de cor que ninguém tinha tempo nem interesse por suas tragédias. Que ninguém lhe resgataria da cratera onde ela se encontrava. Então poupou-se da frustração, do drama e da autopiedade habituais e combinou consigo mesma que viveria seu luto apenas pelo tempo necessário. Nem um minuto a mais. E mais breve do que imaginava, deu a última fungada, secou o rosto, se recompôs e disse a si mesma: “meu mundo caiu, mas não acabou. Eu que aprenda a fazer rapel”.
Tb estou precisando fazer rapel...
ResponderExcluirAbraços
Alexandre
http://soupretomassoulimpinho.blogspot.com/
Devia ser obrigatório o ensino de rapel nas escolas.
ResponderExcluir"... combinou consigo mesma que viveria seu luto apenas pelo tempo necessário. Nem um minuto a mais."
ResponderExcluirEu adorei isso. E tem que ser assim mesmo. Estamos aqui nessa vida é pra ser feliz, viver! Qualqur coisa diferente disso deve ser exterminado.
Boa!
ResponderExcluirMuito boa!
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