sábado, 16 de fevereiro de 2013

A alegria do Carnaval

Com o gosto de guarda-chuva na boca decidi que gostaria de falar sobre o Carnaval, porém, sem o viés ético. Certamente, não falarei que se deveria ter uma clareza dos balanços contábeis das Escolas de Samba e que a governança deveria ser a tônica maior para que o cidadão que curte ou mesmo aquele que assiste pela TV não se sinta cúmplice da máfia do jogo do bicho, do caça-níquel, do bingo ou do cartão. Afinal, os desfiles foram tão ricos que é difícil acreditar em patrocinadores legais.

Depois de muitos anos, acho que devido ao processo de tiozão que vem ocorrendo em minha vida, neste ano, assisti pela TV a alguns desfiles do Rio de Janeiro. Confesso que fui surpreendido pela criatividade dos carros alegóricos e a diferença das baterias, todavia, faltava algo. O Carnaval faz parte do meu imaginário libertino, cresci com as histórias do meu pai sobre como ele barbarizava na década de 70 nos bailes e que o tapa sexo foi assunto do Fantástico. Senti falta da peitola de fora, do cara com pandeiro com a língua de fora enquanto a passista com tudo a mostra mostrava o seu requebrado, que deixavam as donas de casa envergonhadas, os pais empolgados e os filhos com um repertório vasto para os seus banhos demorados.

Gostaria de lançar uma campanha em prol do Carnaval sem vergonha, esqueçamos o Cirque du Soleil, a obrigação que o espírito de vira-lata nos acomete em agradar a gringaiada, vamos exaltar a pélvis nua e ao tapa sexo. Que em 2014, tenhamos um Carnaval com mais pele.


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