Não era tanto pela saudade,
não era tanto pelas noites passadas em claro. Não era pela música que
tocava na rádio, não era pela placa que antes indicava o caminho. Era o relapso que lhe atormentava a alma.
Dela, não dele. Ele era o que era e ponto final. Já ela, como pôde? Como pôde
não diferenciar? Tão observadora, tão atenta aos pequenos cacoetes. Uma risada nervosa, uma variação no tom de voz. Mas viu o genuíno no vulgar, o espontâneo no
lugar comum e não se perdoava, remoía quando tocou o bipe do celular.
Não havia nada demais naquela mensagem. Era um fim como
todos os outros. Surdo e sem memória. Leviano, diriam. Já pra ela aquele
amontoado de palavras mal escritas tinha outra sensação. Era um fim claro e
digno. Um fim que não deixava chance para outras interpretações, como quem dá
um chute na porta e vai embora sem olhar para trás. Era de se esperar que se
sentisse triste pelo término, pelo ciclo que se fecha, mas não. Soube que amara,
por fim, um homem honrado.
Repetição mas é vdd.....Todo fim é um recomeço.
ResponderExcluirGostei desse também!... Gente inspirada é muito bom!!
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