Fui forçado a me calar, por não ter tido uma oportunidade de falar. E, pouco a pouco, vou me conhecendo e me re-conhecendo mais. Se não falo, corro o risco de explodir. Poucos dias atrás, estava conversando e comentei o quanto admiro a capacidade de uma mulher que conheço de expressar suas emoções no momento em que acontecem. Parece uma coisa boba, e é, mas não pra mim. Comparei essa mulher a uma chaleira, porque ela vai esquentando até que começa a apitar e pronto, tudo fica bem, enquanto eu sou uma panela de pressão. A temperatura vai se acumulando no meu interior e posso me fazer muito mal - e às pessoas ao meu redor - se não destampo a tempo. Meu novo objetivo de vida é evoluir de uma panela de pressão para uma chaleira. Cada um com seus objetivos.
Somado a isso, outra filosofia que adotei recentemente é uma que aprendi com O Fantástico Jaspion (aposto que você começou a cantar a música). Com ele, aliás, e com praticamente todos os seriados de heróis japoneses que acompanhei na minha infanciadolecência. Todos terminavam com o mesmo escrito no canto inferior da tela, que significa "continua", "segue" ou, na minha interpretação, "ainda não acabou".
Estou quase tatuando isso para nunca mais esquecer. Só não fui adiante com essa ideia ainda porque não encontrei um lugar bom o bastante para ser lembrado sempre desse ensinamento. Na testa não conta. Como colocou outra pessoa muito cara a mim, "se é pra insistir na esperança, que seja com excentricidade". Eu não poderia concordar mais.
Dia após dia, sempre temos que seguir em frente. Por mais fácil e tentador que seja estagnar e literalmente morrer encostado, não é saudável conosco e com as pessoas que são importante para nós. Imagine o quanto o australopiteco não ficaria chateado por saber que morreu em vão. Se não fizer isso por você e pelos seus, faça por respeito à memória dos australopitecos.
Eu sei que vou.
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