O cheiro de bolo quentinho que inunda a casa a tarde, se
mistura com o aroma de café recém passado, e me transporta para outro lugar,
outro tempo...
Sinto aconchego, um afago na alma,
Um abraço que não vem dos braços, mas das narinas, da
memória, da imaginação.
Não é apenas cheiro de bolo caseiro de laranja ainda no
forno, é perfume de infância, de uma cozinha de chão de cimento queimado - que antes de ser moda, era uma solucao de baixo custo para casas populares.
De raios solares entre frestas atravessando a janela, permeando a cortina de rendas e fazendo delicados desenhos de sombras enquanto ilumina o cômodo.
O filtro
de barro, a geladeira azul, a cortina de canudilhos e a velha chaleira, apoiada no balcão.
Meus amados avós.
O chocolate quente e as histórias de ninar que compunham meu ritual noturno.
Carinhos quentes.
O cheiro traz lembranças... Como tudo que é efêmero, impalpável. Não escorre pelas mãos, mas se dissolve no ar, flutua, eleva-se, e
vai-se embora.
Fiquei com água na boca, pensando no cheiro delicioso do bolo de milho da minha mãe.
ResponderExcluirQue bom que o texgo te proporcionou esta memória, Jacque! Bolos são comidas especiais, mesmo 😍
ExcluirQue leveza, Carol! As memórias olfativas são únicas!
ResponderExcluirObrigada pela visita, Fernanda. Já que não podemos viajar por conta da quarentena, viajamos nas memórias, né? rs.
ExcluirQue saudade senti da minha vó agora...
ResponderExcluir😍
ExcluirObrigada pela visita, Sirley
Lembro de vó quando sinto cheiro de pão...
ResponderExcluirVó é tudo de bom, né, Fernanda? <3
ExcluirObrigada pela visita