não sei se a visão que a gente tem da grandeza do planeta vem de experiências que passamos no dia-a-dia, do que ouvimos falar, das notícias internacionais que vemos em telejornais ou em programas de viagem, dos filmes, das fotos que vemos em livros de geografia ou revistas especializadas em turismo. conversando com uma senhora, que é copeira, percebi que a viagem mais longa que ela fez foi da bahia para são paulo, de ônibus. seu sonho é conhecer las vegas. freqüentar cassinos. como não tem grana para exercitar o prazer de apostar lá, faz suas apostas aqui mesmo, na mega sena (toda a semana). um dos passeios que ela mais gostou de fazer foi ao hopi hari. o brinquedo que mais chamou sua atenção foi a torre eiffel.
eu: por que gostou? pela aventura? adrenalina?
ela: não. porque no topo da torre, a gente vê o mundo...
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eu: por que gostou? pela aventura? adrenalina?
ela: não. porque no topo da torre, a gente vê o mundo...
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O mundo assume um tamanho para os olhos de quem vê.
ResponderExcluirLucão é gente né, é, é gente memô.
ResponderExcluirqueria comentar, mas fiquei sem palavras.
ResponderExcluirEu quero ver o mundo...
ResponderExcluireu também fiquei sem palavras.
ResponderExcluirmorri!
ResponderExcluirLukino, era isso que a dona Clarice Lispector chamava de um prosaico momento de epifania. A gente encontra isso em Paris, no alto de um brinquedo trivial do Hopi Hari ou lendo algo tão bonito quanto seu texto.
ResponderExcluirA Torre Eiffel (do Hopi-Hari) me deixa sem ar, suando frio e nunca mais quero estar lá naquele topo.
ResponderExcluirA Torre Eiffel (de Paris) me deixa sem ar, suando frio e quero estar lá naquele topo por muitas e muitas vezes ainda!
O meio nunca é suficiente. Pra se deslumbrar de verdade precisamos de um pico lá nas alturas ou das profundezas de um oceano... São outros mundos...
ResponderExcluirValeu pelo diálogo ao final.
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