domingo, 8 de agosto de 2010

Sorte e Azar


Tem gente que tem sorte, tem gente que dá azar. Tem gente que tudo dá certo e tem gente que tudo dá errado. Eu não tenho nem um nem outro, sou parte da grande e esmagadora maioria, onde tenho dias de sorte, que não é suficiente para ganhar na loteria, e dias de mais azar, mas não chego a ser atingida por um raio.
Quando você conhece mais gente, mais mesmo, muita gente, não a sua panelinha, e começa a ouvir histórias e mais histórias, fica difícil não achar que sorte vale alguma coisa, ainda que respeito. Seria a sorte uma explicação para a vida, ou o funcionamento do universo?

Um exemplo rápido: um paciente de onde trabalho. Um amigo morreu de overdose na casa dele, os pais se revoltaram e o colocaram para fora. Ele foi morar na rua e depois foi pra um albergue, onde alguém arranjou encrenca com ele ( ou ele com alguém ). Ele acabou expulso do albergue, e foi parar lá na clínica onde eu trabalho, junto com um amigo, para fazer tratamento de dependência clínica. O "amigo" acusou ele de roubar a clínica e foi aquela confusão.
Já seria muito azar pra uma pessoa só, mas como se não bastasse, na hora do almoço, alguém que não enxerga muito bem comeu o almoço dele, ele ficou sem.

E eu com tudo isso? Eu evito passar debaixo de escadas, quebrar espelhos e tenho um trevo de quatro folhas. Aliás, quem quiser um, tem um monte num canteiro na minha própria rua.

2 comentários:

  1. eu evito sentar na primeira fileira de bancos do ônibus, mas tem mais a ver com medo de morrer do que medo de azar.

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  2. Acho que esse cara precisa nascer de novo. E neste caso só a morte para dar um reboot no sujeito.

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