Viajar para o exterior não é uma oportunidade de conhecer apenas outras culturas e paisagens. Ir para outro país é quase sempre conhecer melhor o seu próprio país. É assim ao menos para mim. A distância nos faz olhar para o Brasil de outra maneira. Lá fora, acima de todas as nossas particularidades, somos brasileiros e temos de lidar com as imagens que o mundo tem de nós, distorcidas, estereotipadas, boas ou más. As diferenças culturais nos levam às inevitáveis comparações: somos menos formais, somos mais afetivos e, ao mesmo tempo, mais violentos. Somos sobretudo um povo mais complexo, difícil mesmo de entender.
Digo isso porque acabei de voltar de viagem. Tirei férias e fui para a Itália. Depois de juntar algumas economias, quis checar de perto o que restou do velho Império Romano. Passei alguns dias vendo ruínas e me vendo quase afogada no tsunami de turistas. Foi de lá que acompanhei, superficialmente, as manifestações por todo o Brasil. Sem muito acesso à internet, via rapidamente as capas dos jornais e as matérias na televisão italiana. Sem entender direito o que se passava - como ainda não entendo - dava vazão às minhas teorias mais positivas e também mais negativas. Tudo passou pela minha cabeça: da revolução ao golpe. Isso tudo acontecendo e eu estava lá, com a cabeça meio aqui.
Ps. Desculpem-me pelo título infame deste post. Não resisti.
"É na sola da bota, é na palma da mãe, bote o sorriso na cara e mande embora a solidão"
ResponderExcluirLários.....palma da mãe??? ta de zuera né?
ResponderExcluirCara Luana V de vingança (tudo a ver com as manifestações), podemos lhe adiantar que o bicho pegou na sua ausência.
O bicho pegou mais ou menos, como podemos ver agora!
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