Estar distante de você por quilômetros, milhas ou jardas não me assusta. Qualquer distância mensurável não me assusta. A distância daqui até a lua? Tá fácil! E até Plutão? Se é que esse planeta ainda existe. Também não me assusta.
A distância que me assusta é essa que estamos vivendo agora. Você está aí, mas eu sequer tenho certeza se estamos perto ou se estamos longe. Não consigo saber, e se me aproximo de você, você se afasta, se me afasto não consigo mais me aproximar. Pior ainda é não conseguir saber se você está se afastando ou tentando se aproximar também.
Giro em torno de ti, mas não vejo teus olhos. Olho-te e não vejo se está por perto.
Confuso. Isso me assusta.
O que eu quero? Distância dessa imensurável distância.
"Ó distância, quero medi-la, calcular-te me faria me feliz, transcrever-te em números gregos ou romanos, em palavras legíveis, sensíveis, não importa, mas controlar-te.
Quero-te em minhas mãos, por maior que seja, e poder tocá-la, ó, impalpável distância."
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