segunda-feira, 20 de julho de 2015

Por onde andam os Incas.

Os Incas formaram uma civilização incrível. Ao longo da cordilheira dos Andes habitaram montanhas aparentemente inóspitas graças ao domínio de técnicas avançadas de agricultura, pecuária, arquitetura, etc.

De imediato muitos dizem que os Incas eram mais desenvolvidos, ou até evoluídos, que os índios brasileiros, que não construíram majestosas cidades de pedras, nem dominavam a astronomia. Na verdade as sociedades se desenvolvem com base na necessidade de seus indivíduos em relação ao meio em que estão.

Aos Incas era indispensável saber detalhadamente quais eram as estações do ano para que plantassem e colhessem seus alimentos no período ideal. Desenvolveram técnicas de conservação de alimento usando somente as correntes de vento gelado das montanhas, formando um tipo de geladeira natural, a tecelagem que usava lã de alpaca e lhamas aquecia a população e tornava viável a ocupação das montanhas.

As tribos brasileiras viviam condição bem distinta. Na floresta amazônica, quente e chuvosa durante todo o ano, não havia necessidade de saber se era verão ou inverno, tão pouco conservar os alimentos durante longo período. Era mais fácil caçar ou pescar e consumir alimentos frescos.

Além das condições climáticas, pesa muito o período histórico. Os Incas se desenvolveram ao longo de uma longa era de paz, durante a qual não se perde tempo ou recursos para defesa de território e os homens podem se empenhar em estudar e desenvolver tecnologias.

Quando os colonizadores espanhóis chegaram, não houve política de extermínio no território Inca. Houve muitos assassinatos em batalhas sangrentas e sobretudo os líderes foram mortos, foi o fim da era de paz que permitiu o desenvolvimento daquela sociedade, porém boa parte dos índios sobreviveram e hoje ainda habitam as montanhas peruanas.

Muitos descendentes Incas ainda falam quéchua, cultivam o milho branco de grãos gigantes e trabalham a lã, como faziam há séculos atrás. Vale a pena visitar o Peru e ter um pouco de contato com essa cultura tão particular e rica. Por outro lado, dá um certo aperto ver descendentes de uma civilização tão avançada hoje vestirem-se de forma tradicional para serem fotografados por turistas em troca de moedas.


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