Os Incas formaram uma civilização
incrível. Ao longo da cordilheira dos Andes habitaram montanhas aparentemente
inóspitas graças ao domínio de técnicas avançadas de agricultura, pecuária,
arquitetura, etc.
De imediato muitos dizem que os Incas
eram mais desenvolvidos, ou até evoluídos, que os índios brasileiros, que não construíram
majestosas cidades de pedras, nem dominavam a astronomia. Na verdade as
sociedades se desenvolvem com base na necessidade de seus indivíduos em relação
ao meio em que estão.
Aos Incas era indispensável saber
detalhadamente quais eram as estações do ano para que plantassem e colhessem
seus alimentos no período ideal. Desenvolveram técnicas de conservação de alimento
usando somente as correntes de vento gelado das montanhas, formando um tipo de
geladeira natural, a tecelagem que usava lã de alpaca e lhamas aquecia a
população e tornava viável a ocupação das montanhas.
As tribos brasileiras viviam condição
bem distinta. Na floresta amazônica, quente e chuvosa durante todo o ano, não
havia necessidade de saber se era verão ou inverno, tão pouco conservar os
alimentos durante longo período. Era mais fácil caçar ou pescar e consumir
alimentos frescos.
Além das condições climáticas, pesa
muito o período histórico. Os Incas se desenvolveram ao longo de uma longa era
de paz, durante a qual não se perde tempo ou recursos para defesa de território
e os homens podem se empenhar em estudar e desenvolver tecnologias.
Quando os colonizadores espanhóis
chegaram, não houve política de extermínio no território Inca. Houve muitos
assassinatos em batalhas sangrentas e sobretudo os líderes foram mortos, foi o
fim da era de paz que permitiu o desenvolvimento daquela sociedade, porém boa
parte dos índios sobreviveram e hoje ainda habitam as montanhas peruanas.
Muitos descendentes Incas ainda falam quéchua,
cultivam o milho branco de grãos gigantes e trabalham a lã, como faziam há
séculos atrás. Vale a pena visitar o Peru e ter um pouco de contato com essa
cultura tão particular e rica. Por outro lado, dá um certo aperto ver
descendentes de uma civilização tão avançada hoje vestirem-se de forma
tradicional para serem fotografados por turistas em troca de moedas.
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