sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Adormecidas em nós, faz de nós quem somos.



Algumas vezes quando paro quieta em meu canto, e tento de alguma maneira silenciar minha mente para que elas não venham.
Essas memórias que às vezes mais parecem fantasmas que  na calada da noite se esguiam para assustar crianças malcriadas e alguns adultos medrosos.

Sem pedir elas aparecem e não importa o que eu faça, não há como esquecer.

Sim, aprendi muitas coisas com elas, outras só acumularam na pilha de coisas que não devia ter feito, mas fiz. É incrível como a gente finge que esquece alguma coisa só pra poder errar de novo, um erro que juramos que dessa vez será acerto, mas não, nunca é e a memória está ali pra te lembrar do quanto você foi besta.
Ainda não consegui entender essa linha frágil entre memória boa e memória ruim, não decidi se não queria lembrar de nada ou gostaria de lembrar de absolutamente tudo.

Onde foram parar aquelas que não lembramos? Aquelas que sabemos que aconteceu,  mas não sabemos exatamente como?
Somos também memórias esquecidas?  Aquelas que durante um tempo permanecem vivas e depois vão se esvaindo pouco a pouco ou num instante.

Essas, não sei dizer o quanto de mim guardavam e nem quanto de mim se perdeu.

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