Em breve, chego.
Lá não há portão, só uma porta que abre na manha, quase nenhum dos moradores tem chave.
Cachorro não vai latir, só tem um gato insano que quiçá sequer sentiu minha falta.
As malas eu colocarei no chão, demorarei dias e dias para desfazê-las.
Igual ao Robertão só é mesmo a parte do “tudo estava igual como era antes, quase nada se modificou”.
Mas eu andei, andei muito. Rodei por aí e a bagagem volta mais cheia. Não só cheia de muambas e presentes, minha bagagem volta mais cheia de pessoas e lugares. Igualzinho como sonhei.
E para o lugar que volto, acho que só eu mesmo mudei. Não me sinto mais dali.
Não quero voltar para as coisas que deixei. Quero trazer comigo o que me faz bem. O resto, deixa lá, naquele pedaço da vida que se chama passado, naquele canto da memória que se chama saudade.
Sinto-me daqui, meu sonho feliz de cidade. Aquela realidade não me pertence mais.
quando você voltar, eu deixo usar minha canga, é super bonita.
ResponderExcluireu nao confiaria na leticia.
ResponderExcluire essas reviravoltas que mudam tudo de lugar são tão legais, ne?
Volta aí que a Heineken vai estar sempre no gelo...
ResponderExcluirE viajar e voltar ás vezes é encontrar um fantasma do que já fomos.
ResponderExcluirEspero que volte, que se sinta parte e que aqui se instale.
ResponderExcluirSinto assim, sem ter partido, pois a gente muda em torno também das coisas. Bonito texto.
ResponderExcluirEduardo/revide