quarta-feira, 11 de maio de 2011

Detrás do casebre melancólico


Bem além das avenidas intragáveis, dos conglomerados amargos;
Distante da muralha impenetrável;
Longe da incompreensível montanha,
Da intolerante cordilheira,
E daquele descampado raquítico;
Depois das águas nebulosas;
E além do céu tempestuoso, enfurecido;
Afastado de toda construção bárbara;
De qualquer paisagem atroz, qualquer caminho desumano...

Deve haver uns lampejos de cores. Depois do casebre melancólico.


'Vivamos em paz
Porque tanto faz
Gostar de coelho
Ou de coelha...'
Cidadão-Cidadã (Jorge Mautner)



Na fotografia (de Laura Ralola): Paulo e Camila Dias

6 comentários:

  1. Perfeito! Pra quem não entendeu as cores, o poema diz, tudo.
    Vitória pra liberdade das pessoas.
    bjão!

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  2. Preciso dizer que está mais do que apoiado?! Acho o maior dos atrasos do nosso mundo o preconceito, o desrespeito a liberdade, a de expressão, a sexual, a religiosa... todas. É incrível como, mesmo vivendo em sociedade depois de tanto tempo, o ser humano ainda não aprendeu a aceitar as diferenças. E não é conviver, não. É ACEITAR. Deixar de amar alguém porque se trata de alguém com uma opção não-convencional é um ato tão bárbaro contra o amor...

    Lamentável que tenha gente de mente tão fechada ainda nesse mundo.

    Abraços!

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  3. Tbm gostei muito das cores que vc colocou no blog com seus post, Paulo! Parabéns pelo poema e pela foto.
    Grande abraço!


    Ah, só pra constar: FORA BOLSONARO!

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  4. Gostei do poema!! Da foto tb ;D
    Parabéns Laura =*

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