Todo dia eu voltava do trabalho e elas estavam ali na beira do rio, as capivaras. Tão fofas, uma família de porquinhos da índia gigante. Eu encostava na ponte e ficava olhando. Os carros que passavam na avenida diminuíam a velocidade para olhar também, e elas lá, pastando calmamente. Fiz até uma amizade lá na ponte das capivaras, uma moça que vinha de bicicleta e ficava observando também. Não sei o nome dela, mas conversamos todos os dias. Você viu como aquela ali cresceu?- ela me perguntava.
Um dia na TV vi uma reportagem com uma veterinária defendendo o extermínio das minhas amigas dentuças. Segundo a doutora, elas passam febre maculosa, quer dizer, elas não, os carrapatos que elas carregam no pelo. A reportagem seguiu com um fazendeiro, explicando também que com a falta de predadores naturais e muita oferta de comida (as lavouras) elas estavam se multiplicando demais e acabando com as plantações.
Então é assim? Elas têm carrapatos, vamos matar geral? Por que não desenvolvem uma medicação, um veneno para carrapatos? E quanto a superpopulação e as plantações, ora, na Índia também temos superlotações de pessoas. Vamos jogar uma bomba na índia então e resolvemos o problema de alimentos do mundo! Foi o que eu disse para a amiga da bicicleta, que viu a reportagem também, mas não entendeu minha analogia e me olhou meio assustada. Talvez eu tenha exagerado no tom, mas eu achava mesmo um absurdo.
Vi também uma reportagem sobre um grave acidente de trânsito causado por capivaras que invadiram a pista. Nem foi aqui na região, mas pessoas morreram. Fiquei engasgada. Dias depois as capivaras sumiram. Semanas se passaram e nada delas. Mataram todas. Nem a moça da bicicleta eu vi mais.
Mas não é que hoje, dia 03, eu estava andando na avenida e descubro que elas não foram exterminadas por nenhuma veterinária sanguinária? Elas estavam lá, no mesmo lugar de sempre, a ruiva e sua trupe, mas agora com lindos bebezinhos. Quatro. A coisa mais fofa do mundo. Agora quero encontrar a amiga da bicicleta e cantar "as capivaras voltaram, e eu também voltei". Ela vai me olhar de um jeito estranho de novo, mas quem liga?
Um dia na TV vi uma reportagem com uma veterinária defendendo o extermínio das minhas amigas dentuças. Segundo a doutora, elas passam febre maculosa, quer dizer, elas não, os carrapatos que elas carregam no pelo. A reportagem seguiu com um fazendeiro, explicando também que com a falta de predadores naturais e muita oferta de comida (as lavouras) elas estavam se multiplicando demais e acabando com as plantações.
Então é assim? Elas têm carrapatos, vamos matar geral? Por que não desenvolvem uma medicação, um veneno para carrapatos? E quanto a superpopulação e as plantações, ora, na Índia também temos superlotações de pessoas. Vamos jogar uma bomba na índia então e resolvemos o problema de alimentos do mundo! Foi o que eu disse para a amiga da bicicleta, que viu a reportagem também, mas não entendeu minha analogia e me olhou meio assustada. Talvez eu tenha exagerado no tom, mas eu achava mesmo um absurdo.
Vi também uma reportagem sobre um grave acidente de trânsito causado por capivaras que invadiram a pista. Nem foi aqui na região, mas pessoas morreram. Fiquei engasgada. Dias depois as capivaras sumiram. Semanas se passaram e nada delas. Mataram todas. Nem a moça da bicicleta eu vi mais.
Mas não é que hoje, dia 03, eu estava andando na avenida e descubro que elas não foram exterminadas por nenhuma veterinária sanguinária? Elas estavam lá, no mesmo lugar de sempre, a ruiva e sua trupe, mas agora com lindos bebezinhos. Quatro. A coisa mais fofa do mundo. Agora quero encontrar a amiga da bicicleta e cantar "as capivaras voltaram, e eu também voltei". Ela vai me olhar de um jeito estranho de novo, mas quem liga?
Hahahaha!! Tbm amo capivaras! Uma vez vi uma família de umas 12, coisa mais linda do mundo. Tinha os adultos, os adolescentes e os filhotes. Era madrugada e parei o carro pra observar.
ResponderExcluirAmei o texto e não te olharia com cara estranha se me dissesse essas coisas de capivaras... :)