Existem dias nos quais temos a certeza de que vamos nos afogar. E talvez isso seja horrível. Toda vez que penso em afogamento, eu lembro de Julio Verne descrevendo o evento em "As Aventuras de um Chinês na China": depois daquela leitura, eu lembro que pensei, puxa, não quero isso nem ferrando para mim.
Mas eu não sabia, naquela época, que afogamento poderia ser também uma metáfora.
Hoje eu sei.
Então, esses dias foram dias nos quais pensei que fosse me afogar em mim mesmo. Eram pensamentos demais. Eram sentimentos demais. E eu era uma ilha num arquipélago de solidão pronta para submergir.
Porém, para me afogar, eu não poderia saber nadar.
Nem real, nem metaforicamente.
E eu sei.
P.S.: Hoje é dia de São Chiquinho de Assis. Bom para reencontrar o animal em nós.
Sensacional, Emanuel. Gostei mesmo.
ResponderExcluirObrigado. :)
ExcluirPuxe o máximo do ar, respire fundo e saia dessa de braçadas.
ResponderExcluirNado borboleta. Efeito borboleta.
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