sexta-feira, 7 de março de 2014

Opiáceo

Meu corpo entre colchas brancas e o corpo dele. Lábios se chocam e degustam o gosto de tudo o que encontram na geografia do outro.

*** Vibrato na polifonia das vozes***.
 PeleEPele.

 Espelho no teto. Nós, frenéticos no profundo do espelho. Vejo um pouco de mim, vejo marcas femininas e profundas nas costas masculinas, vejo pernas, mãos, pés, braços, músculos tesos, músculos relaxados, músculos e espasmos erigindo, esparramados. Longos cabelos pretos vertendo da mulher, bunda gostosa do homem que me possui, vejo coisas coloridas e intocáveis volitando no ar morno do quarto, são anjinhos do Éden.
                                                          
 ( )      
             A menina completava 20 anos saudáveis nessa madrugada. Gozou um tempo infindo e macio, como vale à toda gata de estirpe; depois, acendeu um cigarro enquanto sentia um zumbido agradável nos ouvidos. O melhor gozo, um verdadeiro presente de aniversário! Um cara bonitão, ao seu lado, também fumava. Acima, ainda que invertidas certas direções, duas duplicatas perfeitas botavam olhos sobre eles. Também estavam nuas, e suas partes íntimas ainda confabulavam qualquer coisa suja e bonita.

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