Sugestão: ler ouvindo "Um violeiro toca", de Almir Sater e Renato Teixeira
O sertão, no meu imaginário, uma pessoa que nasceu e viveu na região sudeste do Brasil, é seco, triste, árido, quente, distante, amargo.
O sertão que conheci é mais ou menos assim, mas de um jeito diferente:
A seca e a aridez dividem espaço de uma forma ao mesmo tempo contrastante e harmoniosa com as águas do Velho Chico, que encheram meus olhos com uma beleza tocante, e meu coração de uma felicidade sem tamanho. Banhar-me em suas águas foi a realização de um sonho, renovou minhas energias, refrescou meu corpo e acalmou minha alma.
A tristeza, que vem da fome e da morte, se escondeu. Acabei por encontrar um povo alegre por saber da sorte que possuem em viver ali.
O sertão que conheci é quente... muito quente! O calor é intenso, seja do clima, que atinge facilmente os 30 graus no meio da noite, seja na receptividade das pessoas, muito gentis e generosas. Não apenas as que são de lá, mas também as que são de outros lugares e a vida as levou a ficarem lá. Não é tão difícil querer ficar.
A distancia é relativa... longe de umas coisas, mas próximo de outras... E é bom se afastar de vez em quando da nossa zona de conforto. Viagens nos proporcionam isto: ao viajar entramos em um estado mais aberto a novas experiências, a conhecer novas pessoas, novos sabores e sensações... e só temos a ganhar com isso. Sei que valeu a pena cada uma das 22 horas de viagem.
O amargor? Esse não vi por lá, não. O sertão foi bem doce comigo... me proporcionou momentos incríveis, amigos queridos, lembranças lindas e convites para voltar, e para ir além.
Carol se banhou no São Francisco. Não por acaso a nascente voltou a brotar água! O Chicão viu que vale a pena seguir seu fluxo =)
ResponderExcluirHahaha
ExcluirQuem me dera ter esse poder todo, Ale... Nadaria nos rios Jacareí, Jaguari ou qualquer outro que abastece o sistema Cantareira e estaríamos tranquilos aqui em São Paulo :p
Lindeza de texto!
ResponderExcluirGratidão, Fefe :)
ExcluirAcompanhei você, mas com Marisa Monte. Segui o Seco.
ResponderExcluirEmanuel, pensei em escolher a música Sobradinho, de Sá e Guarabyra, sabe? "O sertão vai virar mar, da no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão".
ResponderExcluirMas achei que uma música sertaneja ia melhor nesse caso ;)
Quem não é doce e amável com vc, Japinha. Qq lugar em que você for, a beleza vai se mostrar pra ti. Imagina naqueles sertões todos que Euclide nos mostrou. Cada flor deve ter rido mais forte qdo vc chegou lá.
ResponderExcluirah, arrebentou no texto. O melhor que li até agora aqui no blog.
Obrigada, Thi. Sempre doce e amável rssss.
ExcluirBjss