Cazuza preferia Toddy ao tédio*. Eu concordaria, não fosse minha intolerância à lactose. Assim, prefiro o tédio à emoção de acompanhar as reações hostis do meu corpo contra a bebida tão simpática e aparentemente inofensiva.
O fato é que o tédio lembra aquele vizinho chato, que vira e mexe te faz uma visita e você faz de tudo pra se livrar dele, mas não é uma tarefa muito fácil. Ele não vai embora por vontade própria, exige um certo esforço.
Geralmente vem acompanhado da preguiça, da chatice e da falta de inspiração.
Mas não serei injusta com o tédio, até mesmo ele tem um lado bom. Por incomodar, nos obriga a mudar, a pensar fora da caixa.
O tédio pode até tomar seu corpo e sua mente por algum tempo, mas, assim como o vizinho chato, alguma hora ele vai ter que ir embora, ele obriga você a ser criativo, a pensar em como fará para se livrar dele, e quando isso ocorre, pode ficar até melhor do que era antes dele aparecer!
Então, na próxima vez que o tédio entrar sem bater e nem pedir licença em sua casa, não tente enxotá-lo. Seja legal com ele, ofereça um café, troque uma ideia, quem sabe você pode sugerir algo para ele fazer longe de você, ou para você fazer longe dele, e enfim dar lugar ao conhecido ócio criativo? Porque até o vizinho chato pode salvar nosso dia emprestando uma xícara de açúcar.
*A frase é originalmente da escritora Ledusha Spinardi.
Tédio- Bíquini Cavadão
"O tédio lembra aquele vizinho chato, que vira e mexe te faz uma visita e você faz de tudo pra se livrar dele, mas não é uma tarefa muito fácil". Ótima definição! Rsrsrs... pense que até mesmo as aulas de economia acabaram um dia, Caroleta! Ao menos ele te deu inspiração para mais uma ótima reflexão nada tediosa! :)
ResponderExcluirhahahah valeu, fefe
Excluirpois é, tudo é passageiro, exceto o motorista e cobrador :P
Prefiro tequila ao Toddy!
ResponderExcluirBoa, Ale!! Até eu, que sou mais boba, concordo rssss :D
ExcluirO legal do seu texto Carolzinha, é o que a gente faz com ele. Lembrei de uma música do Engenheiros do Hawaii chamada Surfando Karmas e DNA que tem essa passagem, de que gosto muito: "Na falta do que fazer, inventei minha liberdade". Muito nesse sentido que você falou.
ResponderExcluirLembrei também do Mr. Catra que tranformou o tédio em adultério. "Pãpãrãrãrãrã.. o bagulho tá sério, vai rolar um adultério... pãpãrãpãpãrã". :D
Olha, esse lance de tédio virar adultério e sério (perdão pela rima desnecessária rs). Mas pior q é verdade, é gostoso ter emoção na vida, ter desafios e novos conhecimentos, mesmo que seja o conhecimento do que não é aceitável para todos.
ExcluirBeijos!
Não sei... a roda da vida quando não gira me deixa triste; em geral, sou inimiga do tédio, faço de tudo para não deixá-lo na minha casa, rs... mas prometo tentar ser mais generosa com ele!
ResponderExcluirAh, mas o tédio não faz parar de girar, só faz girar beeemm devagaaaarrr.... mas as vezes diminuir a velocidade é bom, para apreciarmos melhor a vista ou para mudarmos de direção....
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