terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Era uma vez uma terra afastada e um tanto engraçada: um país que também era ilha, que também era continente. Era uma vez uma terra engraçada que servia de morada a fugitivos vindos do oriente e do ocidente. Nessa terra misturada, todo dia era temporada e toda hora, ilimitada. Acontece que, a terra ilimitada agregava em seus múltiplos uma unidade: todos os que ali se encontravam dividiam o desejo singular de descobrir, de transformar, de recriar. Disto podia se supor o fato de que dividiam também a coragem. É que haviam de se dispor a por tudo a perder, a se desfazer, se esvaziar; haviam de aceitar o inesperado. Vitória queria sentir, Rodrigo queria acreditar, Maria queria uma família, Miriam queria dividir, Meiri queria se libertar. Paulo buscava uma aventura. Miriam conheceu Maria, que conheceu Vitória, que conheceu Rodrigo, que conheceu Meiri, que conheceu Paulo. Vitória se apaixonou, Rodrigo acreditou, Maria encontrou Deus, Mirian entendeu novas possibilidades, Meiri saltou de pára-quedas. Paulo virou pai.

3 comentários:

  1. pq saltar de paraquedas virou atitude simbolo da liberdade?

    fico feliz e me sinto livre quando posso acordar na hora que eu quero, mudar o canal de tv, e coisas assim.


    É, talvez eu deva me arriscar mais. hehe.

    E o paulo foi o que mais se lascou.

    ResponderExcluir
  2. é, ter filho é, no mínimo, uma aventura. essa eu passo.

    ResponderExcluir
  3. Dos países sonhados de Ítalo Calvino, esse aqui, todo feito de desejos de pessoas.

    ResponderExcluir