sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

sobre alguma leveza que quero pra mim

A partir de hoje
Teu azul diz outras coisas pra mim
Mesmo quando fica preto.
É tão sereno e leve
Andar com a cabeça vazia por aí
E o peito aberto, sem medo.
Vai, me puxa pra cima
Que a partir de hoje eu quero é só voar
Deixar as pessoas e seus problemas
Com os meus problemas
Entre os carros e trens e as confusões da Terra
Lá embaixo, se pegando.
Dissolve os meus medos e sonhos em cigarros
Em esquinas com poças de chuva
Que agora quero é só ser luz.

(...)

Encosta tua boca em mim
E faz o mundo ficar mais devagar
Me puxa pela mão para o ar.
A cidade, lá embaixo, tão pequena
Quase não dá pra ver os leds das torres
Prédios de brinquedo.
Me faz querer gritar, mas perco a voz
A visão, sou agora só um sentido
... o teu.


Um comentário:

  1. que lindo!

    o que eu gosto nas poesias é que elas dão margem a muito mais interpretação do que na prosa...talvez por a gente, assim que escreve, codificar mistérios e segredos.

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